segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Envolverde - Especialistas discutem futuro do peixe durante encontro em MT


Por Maria Santíssima de Lima, da Agência Amazônia

Encontro Brasileiro de Ictiologia apresentará aspectos da conservação de espécies de água doce. Três bacias hidrográficas nascem no Estado.

CUIABÁ, MT – A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Sociedade Brasileira de Ictiologia(SBI) promoverão neste domingo, 25, em Cuiabá, o 28º Encontro Brasileiro de Ictiologia. O evento vai reunir pesquisadores de todo o País, representantes da sociedade civil, empresas e poder público, em torno de temas importantes para a conservação das espécies de peixes de água doce.

Os participantes discutirão trabalhos científicos, novidades, tendências e demais assuntos de interesse da comunidade da área de ictiologia. Ictiologia e Desenvolvimento é o tema do encontro. O tema será amplamente discutido ao longo da programação, permeando pelas diversas áreas envolvendo a ictiologia. Deverá contar com a participação de especialistas ligados a instituições de ensino e pesquisa nacionais e estrangeiras, bem como, profissionais atuantes em órgãos ambientais e setoriais, iniciativa privada, ONGs, entre outros.
Nascente de três bacias

“Mato Grosso é o cenário ideal para essas discussões. É onde a conservação das espécies de peixes precisa ser considerada, ao discutirmos os rumos do desenvolvimento econômico no Estado”, disse o coordenador do evento, professor doutor em Ecologia, Francisco de Arruda Machado, do Instituto de Biociências da UFMT.

Localizado numa área geográfica bastante privilegiada, comportando as nascentes das três bacias hidrográficas mais importantes do País, o Estado de Mato Grosso vem promovendo numerosos projetos de pesquisas voltadas para a ictiofauna local, principalmente no levantamento de espécies e o processo reprodutivo da cada uma delas.

Mais de mil espécies

Entre as descritas e não descritas, atualmente existem 1007 espécies em rios mato-grossenses. Os diversos trabalhos publicados internacionalmente destacam as regiões do rio Paraguai (Pantanal) e Araguaia. Entre os temas mais esperados no encontro estão as novas teorias quanto à distribuição de espécies segundo a biogeografia, levantamento de novas espécies, inventários de rios e bacias, hibridação, repovoamento e pesca.

Entre as atividades consideradas riscos iminentes para a ictiofauna brasileira estão a construção de represas hidrelétricas e diques, a piscicultura, o avanço da ocupação urbana e turística em áreas alagadas e margens de rios, córregos e ribeirões, a poluição de centros urbanos, industriais e da monocultura(agrotóxicos) e pólos de mineração. O 28º Encontro Brasileiro de Ictiologia é patrocinado pela Atiaia Energia S/A, Grupo Rede, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Enel Read, e Prefeitura de Cuiabá.

Confira a programação do 28º Encontro Brasileiro de Ictiologia no http://www.xviiiebi.com.br/.

(Envolverde/Agência Amazônia)

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