segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Diretora de Licenciamento do Ibama nega pressões para liberar obra de Belo Monte

A diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Gisela Forattini, disse hoje (31) que as condicionantes socioambientais exigidas para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estao sendo cumpridas.  A diretora, que participou de uma feira do setor de energia, no Rio de Janeiro, negou qualquer tipo de pressão política para liberar a obra.

ONG divulga fotos inéditas de índios isolados no Brasil

Tribo na fronteira com o Peru estaria sendo ameaçada pela ação de madeireiros a partir do país vizinho

LONDRES - O Setor de Índios Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai) difundiu nesta segunda-feira, 31, no site da ONG britânica Survival, fotografias inéditas de uma tribo amazônica isolada, e cujo habitat encontra-se ameaçado pela ação de madeireiros peruanos.

Novas fotos inéditas dos índios isolados do Acre

Altino Machado

A Survival International divulgou nesta segunda-feira (31) novas fotos de índios isolados que vivem no Acre, perto da fronteira com o Peru.  As fotos foram tiradas pela Fundação Nacional do Indio (Funai), que autorizou a organização, sediada em Londres, a utilizá-las como parte de sua campanha para proteger o território dos índios isolados.

Apelo para proteção dos índios isolados na Floresta Amazônica

Indigenista expõe preocupação com o desaparecimento de índios

Maria Emilia Coelho

No dia 15 de dezembro de 2010, Sydney Possuelo, indigenista e ex-diretor da Coordenação Geral de Índios Isolados da Fundacão Nacional do Índio (Funai), emitiu uma declaração pública chamando a atenção para a situação de perigo que se encontram os últimos indígenas que vivem em isolamento na Floresta Amazônica.

Governo e organização norte-americana assinam termo de cooperação

ONG vai ajudar a divulgar projetos de desenvolvimento sustentáveis do Acre

Tatiana Campos

O governo do Estado assinou nesta sexta-feira, 28, termo de cooperação com o Fundo de Defesa do Meio Ambiente (EDF - Environmental Defense Fund), uma organização não-governamental norte-americana de atuação internacional que deve ajudar o Acre a fechar parcerias que garantam o desenvolvimento de projetos sustentáveis.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Projeto de Dorothy Stang no Pará é cenário de faroeste

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A ANAPU (PA)

Quase seis anos após a morte da missionária Dorothy Stang, um dos marcos da violência agrária na Amazônia, seu projeto de uso sustentável da floresta no assentamento Esperança, em Anapu (PA), desmoronou.

Em vez de agricultura familiar numa floresta preservada, como a religiosa defendia, o PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) em que ela foi assassinada se tornou um cenário de faroeste --com divisões internas, ameaças públicas de morte e desmatamento ilegal.
A americana naturalizada brasileira Dorothy Stang foi morta com seis tiros em 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos, no PDS Esperança.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Cartilha mostra riscos de mudanças no Código Florestal

Bruno Taitson

O coletivo de organizações não-governamentais ambientalistas SOS Florestas lançou esta semana, em Brasília, a cartilha Código Florestal: Entenda o que está em jogo com a reforma de nossa legislação ambiental. A publicação busca explicar, com argumentos técnicos, científicos e históricos, as principais consequências das mudanças propostas pelos deputados ruralistas ao Código Florestal.

Ibama tem até a próxima semana para se manifestar sobre Belo Monte

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a empresa e a concessionária Norte Energia S.A., que vai construir a hidrelétrica de Belo Monte, no município de Altamira (PA), têm até a próxima semana para prestar informações à Justiça Federal sobre licença ambiental que autoriza a abertura do canteiro de obras do empreendimento.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ONGs protestam e chamam licença parcial de Belo Monte de crime de responsabilidade

Luana Lourenço

Um grupo de 60 organizações não governamentais socioambientalistas divulgou ontem (27) uma nota de repúdio à concessão da licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), emitida ontem (26) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e que autoriza a instalação do canteiro e outras obras preparatórias.

MPF solicita que BNDES não repasse recursos para Belo Monte

Em ação divulgada ontem, Ministério Público Federal pede suspensão imediata da Licença Parcial para Belo Monte

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ontem (27) uma ação civil pública contestando a licença de instalação para canteiros de obras de Belo Monte, concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última quarta-feira (26).

Pequeno, bonito e mais barato

Artigo por Washington Novaes

Houve tempo em que se popularizou a expressão "small is beautiful" (o pequeno é bonito), que pretendia demonstrar, principalmente na área ambiental, que pequenas iniciativas, pequenas obras, eram um caminho mais fértil, mais barato, de benefícios sociais mais amplos. Hoje a expressão parece em desuso, ao mesmo tempo que se ampliam informações sobre megaobras (que custam fortunas) como solução para problemas sociais, ambientais e econômicos - quando, quase sempre, elas são desperdiçadoras de recursos e concentradoras de benefícios, principalmente nas megaempresas que as executam e influenciam as macropolíticas do País.

MPF quer cassar licença ambiental

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu ontem à Justiça a cassação da licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a abertura do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. “A maior parte das 40 condicionantes gerais e mais 26 relacionadas aos direitos indígenas não foram cumpridas, o que torna essa licença totalmente ilegal e impede a emissão da licença de instalação”, disse o procurador Ubiratan Cazetta. A autorização não inclui o início das obras da própria usina, que depende de outra permissão.

Apesar de ser contra Belo Monte, Funai dá parecer favorável à obra

Os técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) não concordam com a Licença de Instalação para Canteiro de Obras para Belo Monte, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Apesar disso, o presidente da fundação, Márcio Meira, emitiu ofício não se opondo à concessão da licença.

Um negócio insustentável

Artigo por Marcos Sá Corrêa

Antes de gerar o primeiro quilowatt, a usina hidrelétrica de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, no Pará, conseguiu incluir o Ministério do Meio Ambiente num negócio insustentável. Eletrocutou nesta semana mais um presidente do Ibama. Governo vai, governo vem, cada vez mais eles passam e ela fica.

Kátia Abreu: relacionar tragédia ao Código Florestal é sensacionalismo

Por Rodrigo Baptista, da Agência Senado

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) contestou nesta semana, por meio de seu perfil na rede social Twitter, informações divulgadas pela organização não governamental (ONG) Greenpeace sobre o projeto do Novo Código Florestal. Segundo Kátia Abreu, a organização está usando a tragédia que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro - na qual já foram contabilizadas mais de 800 mortes até o momento - para divulgar informações inconsistentes a respeito das mudanças propostas para o código.

Senadores divergem sobre liberação das obras da hidrelétrica de Belo Monte

O Ministério Público do Pará anunciou nesta quinta-feira (27) que deverá pedir na Justiça o cancelamento da licença concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Estudo sobre frutos da Amazônia brasileira atrai pesquisadores peruanos

Pesquisadores peruanos estão em Manaus até esta sexta-feira (28), onde realizam excursões nas instalações da Empraba e no Inpa para conhecer estudos científicos com fruteiras nativas.

Pesquisas sobre frutos amazônicos desenvolvidas na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, na Embrapa Amazônia Ocidental (Embrapa) podem receber um novo acréscimo: a participação de pesquisadores peruanos.

Retirada de madeira em Anapu é ilegal

Procurador federal diz que a área do PDS Esperança é de preservação

Evandro Corrêa

O procurador Bruno Gustchow, do Ministério Público Federal, disse que o MPF fará fiscalização permanente nos assentamentos da região de Anapu, em especial no PDS Esperança, área onde foi assassinada a missionária americana Dorothy Stang e onde se registra o confronto entre assentados em torno da exploração da madeira. "Quem retira madeira do assentamento está cometendo crime, o desmatamento no PDS Esperança é ilegal", avisou o procurador da República Bruno Gustchow, de Altamira, representante do MPF na audiência audiência pública da última terça, em Altamira, da qual também participaram o ouvidor agrário nacional, Gercino Filho, a Secretaria de Direitos Humanos, o Incra, Ibama e a Comissão Pastoral da Terra.

Liberado início de Belo Monte

Licença é parcial. Permite desmatar área e implantar canteiro de obras.

O Ibama autorizou ontem o consórcio Norte Energia, responsável pela obra da usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), a implantar a infraestrutura necessária para a instalação do canteiro de obras do empreendimento. A licença, chamada de "autorização de supressão de vegetação", foi assinada ontem pelo presidente substituto do Ibama, Américo Ribeiro Tunes, e está disponível no site da instituição. Com ela, o consórcio poderá fazer todo o procedimento de acampamento, canteiro industrial e área de estoque de solo e madeira.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ibama libera instalação de canteiro de obra de Belo Monte

Eduardo Laguna

O consórcio Norte Energia - responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte - recebeu a licença ambiental para a instalação do canteiro de obras do empreendimento, a ser erguido no rio Xingu, no Pará.  Conforme documento emitido pelo Ibama, a empresa está autorizada a suprimir a vegetação em uma área total de 238,1 hectares, sendo 64,5 hectares localizados em áreas de preservação permanente.

Movimentos sociais divulgam nota de repúdio sobre licença para Belo Monte

Nota de repúdio: Licença de Belo Monte é brutalidade sem precedente contra o povo do Xingu

A liberação das obras de Belo Monte, assinada nessa quarta, 26, pelo Ibama, é o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou.

Foi dado sinal verde para que um enorme predador se instale às margens do Xingu para devorar a mata, matar o rio e destruir nossas casas, plantações e vidas, atraindo centenas de milhares de iludidos, que este mesmo governo não consegue tirar da miséria. Em busca de trabalho, que poucos encontrarão, eles chegarão a uma região sem saneamento, saúde, segurança e escolas.

MPF/PA: condicionantes para autorizar Belo Monte não foram cumpridas

O Ministério Público Federal ainda não teve acesso ao documento integral em que o Ibama autorizou, hoje, o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte.  A hipótese de uma nova ação judicial, no entanto, não está descartada, já que os procuradores que acompanham o caso haviam recomendado expressamente ao Ibama para evitar fragmentação das licenças na tentativa de apressar o licenciamento.

Mudanças climáticas e incentivo à botânica são destaques em visita ministerial

Por Josiane Santos e Wallace Abreu, do Inpa

No último dia de vista à Manaus, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, conhece pesquisas, projetos e algumas espécies de plantas da Amazônia.

Explicações sobre as pesquisas, plantação e a utilidade do pau-rosa no mercado internacional, algumas frutas amazônicas e o programa da Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) foram apresentados nesta terça-feira (25) para o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em visita a Reserva Experimental Adolpho Ducke do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT).

Ibama diz que licença parcial para Belo Monte obedeceu critérios técnicos

Luana Lourenço

A decisão de conceder uma licença parcial para a construção do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), obedeceu critérios técnicos, segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Pará ganha unidade de conservação em Afuá

A criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral em Afuá, no Parque do Charapucu, é o primeiro passo para que o Arquipélago do Marajó pleitei o título de "Reserva da Biosfera", outorgado pela Unesco.  Para formalizar a candidatura, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Pará pretende criar outras três unidades de conservação ambiental, até o final deste ano.  O assunto foi tema da palestra ministrada pelo diretor de Áreas Protegidas da Sema, Crisiomar Lobato, ontem à noite, no Sesc Boulevard.  A palestra marcou mais uma edição mensal do "Dia do Marajó", lançado em agosto do ano passado, uma iniciativa do Programa Viva Marajó, coordenado pelo Instituto Peabiru e o Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável.

Licitação para manejo na Flona do Amana será aberta até fevereiro

Daniel Nardin

As empresas interessadas em participar da licitação para o manejo florestal de 210 mil hectares no Pará devem ficar atentas ao prazo de entrega das propostas.  O período de inscrições termina em pouco menos de um mês, em 23 de fevereiro.  A licitação promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro é voltada a empreendedores do setor madeireiro e permite a extração de madeira em tora, de produtos não madeireiros, como óleos, sementes e cascas, e turismo.

Ibama concede Licença de Instalação para obras de Belo Monte

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) permitiu ontem (26) não só que o consórcio Norte Energia, responsável pela construção da usina de Belo Monte (PA), desmatasse 238 hectares, como também deu o aval para que o consórcio iniciasse as obras, concedendo uma Licença de Instalação para Canteiro de Obras.

MPF pode questionar na Justiça licença parcial para Belo Monte

Luana Lourenço

O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) reagiu ontem (26) à concessão da licença de instalação parcial para a Usina Hidrelétrica de Belo Monte e informou que não descarta entrar com uma nova ação judicial para questionar o processo de licenciamento ambiental da obra.

Ibama libera licença para Belo Monte

Uma nova queda de braço promete ser travada entre o Ministério Público Federal e o Ibama em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no município de Altamira.  O Ibama autorizou ontem (26) que fosse dada a largada na construção do canteiro de obras da usina, no rio Xingu.  O Ministério Público Federal alega que as condicionantes socioambientais para a autorização da obra não foram cumpridas.  Com isso, não descarta uma nova ação judicial que emperre o início dos trabalhos na região.  Já existem nove processos contra o Governo em relação à usina.

Grupo deve aplicar R$ 1 bilhão na geração de energia elétrica

Para driblar a deficiência energética da região médio norte de Mato Grosso e de outras localidades do interior, o grupo Bom Futuro, que atua em 20 diferentes municípios do Estado, decidiu investir para produzir a sua a própria energia. Para isso, vai aproveitar o potencial dos rios para gerar eletricidade para seus armazéns e usinas beneficiadoras de algodão.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conservando florestas, mas também o sustento

Durante vários anos, as campanhas para o uso sustentável das florestas tropicais em Ruanda simplesmente ignoravam a realidade de pessoas como Pascal Segatashya.  Mas um novo e ambicioso projeto finalmente o levou em conta, e transformou sua vida e forma de sustento.  A maioria de seus vizinhos em uma comunidade rural do distrito de Gisagara é de fazendeiros, mas este pai de cinco filhos se dedicava ao corte ilegal de árvores em sua terra de cinco hectares para vender como lenha.

Belo Monte não vale a pena. Entrevista especial com Roland Widmer

A discussão é tão grande e tão antiga em torno da construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no coração da Amazônia, que certamente os investidores sabem os problemas e as consequências que essa obra trará para o povo e a biodiversidade da região.  Mas, ainda assim, e em boa hora, um grupo de pesquisadores lançou um amplo relatório intitulado "Análise de Riscos para Investidores no Complexo Hidrelétrico Belo Monte".  Entrevistado pela IHU On-Line, por telefone, Roland Widmer, coautor do estudo e coordenador do Programa Eco-Finanças da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, alertou para os riscos que as empresas que financiam o projeto correm.  “Os bancos que se chamam sustentáveis podem ter seu discurso contrastado pelo financiamento de Belo Monte.  Como nós desenvolvemos no estudo, a obra de construção da barragem vai causar grandes impactos sociais e ambientais negativos, e, por consequência, a reputação, a imagem do banco perante a sociedade sofreria fortemente”, afirmou.

País não conta a emissão do pré-sal

Para diretor do Greenpeace, governo não contabilizou emissões da nova exploração de petróleo, que podem superar as do desmate da Amazônia

Karina Ninni

Em novembro o Greenpeace lançou o relatório Mar, Petróleo e Biodiversidade - a Geografia do Conflito, em que resume a situação da costa brasileira. Dos 44% da extensão costeira considerados prioritários para a conservação da biodiversidade pelo Ministério do Meio Ambiente, 2,57% são protegidos por unidades de conservação federais e 8,77% estão concedidos para exploração de petróleo e gás.

Estudo cobra da ONU plano climático mais abrangente

Os esforços mundiais contra o desmatamento deveriam dar mais ênfase às causas subjacentes do problema, como a demanda por produtos agrícolas e biocombustíveis, em vez de focar quase exclusivamente no uso das árvores para o combate à mudança climática, como faz a ONU, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.

A proteção que vem das matas

Por Redação Greenpeace

Em viagem pelo interior do Brasil, engenheiro florestal vê sequência de paisagens devastadas e explica porque as florestas são essenciais para a segurança da população.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mercadante critica falta de pesquisadores na Amazônia

MANAUS - O ministro de Ciência e Tecnologia (MCT), Aloízio Mercadante, em viagem a Manaus, visitou o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), hoje (24). Em coletiva de imprensa, realizada nesta tarde, ele falou sobre projetos e estudos desenvolvidos na região. Segundo o ministro, a falta de profissionais capacitados na área é o maior desafio para comandar trabalhos de qualidade.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lei ambiental

Editorial

Governo precisa ultimar proposta de um novo código florestal, a fim de corrigir as concessões excessivas do substitutivo de Aldo Rebelo

Estudo cobra da ONU plano climático mais abrangente

Esforços contra desmatamento deveriam dar mais ênfase às causas subjacentes do problema, diz estudo

ALISTER DOYLE - REUTERS

OSLO - Os esforços mundiais contra o desmatamento deveriam dar mais ênfase às causas subjacentes do problema, como a demanda por produtos agrícolas e biocombustíveis, em vez de focar quase exclusivamente no uso das árvores para o combate à mudança climática, como faz a ONU, segundo um estudo divulgado na segunda-feira.

Roubo de 30 mihões de euros leva bolsas da UE a parar de negociar crédito de carbono

Autoridades disseram na sexta-feira que ladrões cibernéticos roubaram até € 30 milhões em concessões de carbono do sistema de negociação de emissões da União Europeia, depois que bolsas de todas as partes da Europa suspenderam os negócios na quinta-feira. Bolsas como a ICE Futures Europe, Nasdaq OMX Commodities Europe e LCH.Clearnet de Londres pararam de negociar os contratos de emissões, que são muito importantes na luta do bloco contra o aquecimento global.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tombamento no Amazonas

Artigo de Joaquim Falcão
Professor de direito da Fundação Getulio Vargas

A Justiça Federal terá de decidir se o tombamento realizado pelo Iphan do encontro das águas dos rios Negro e Solimões é legal ou não. A Procuradoria- Geral do Amazonas entrou com ação apontando inúmeras irregularidades no processo administrativo de tombamento.

O Brasil e a emissão de CO2

Panorama Político

Entidades ambientalistas que atuam no país veem três riscos para as metas brasileiras de redução das emissões de gases estufa, mais especificamente quanto à redução do desmatamento: a tentativa de mudança do Código Florestal em curso no Congresso; obras do PAC sem salvaguardas ambientais, como o asfaltamento de rodovias na região amazônica; e o aumento da demanda por grãos e carne pela China, o que aumenta a pressão sobre áreas da floresta.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Proposta do Código Florestal não tem relação com catástrofe no Rio, diz Aldo Rebelo

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do projeto de lei que modifica o Código Florestal, respondeu ás críticas de que sua proposta aumentaria os riscos de tragédias naturais, como as acontecidas no Rio de Janeiro.

UE suspende mercado de carbono por falta de segurança

O EU ETS está paralisado até pelo menos a próxima quarta-feira (26) em virtude de falhas que possibilitaram o roubo de licenças equivalentes a 475.000 toneladas de CO2 da República Tcheca, com um valor estimado de € 7 milhões



quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ministra quer mudar Código Florestal

DE NOVO, A CHUVA

Ministério do Meio Ambiente prepara texto alternativo que minimiza riscos de tragédias nas áreas urbanas

Relatório já aprovado por comissão libera, por exemplo, ocupação em áreas destruídas na região serrana do Rio

Ministério do Meio Ambiente vai propor mudanças no projeto que altera o Código Florestal, em discussão no Congresso. A proposta deve contemplar mudanças inclusive em relação às áreas urbanas, para evitar o risco de tragédias como as da semana passada no Rio.

Tragédia põe Código Florestal na berlinda

Ruralistas acusam ambientalistas de explorar politicamente catástrofe na região serrana fluminense. Verdes se mobilizam para derrubar mudanças na lei

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro jogou gasolina na fervura do debate entre ambientalistas e ruralistas em torno das mudanças no Código Florestal Brasileiro, datado de 1965. Peça de resistência do agronegócio, as alterações já passaram por todo o rito da Câmara e estão prontas para serem votadas pelo plenário.

Science destaca controle do clima na Amazônia

BRASÍLIA - Um estudo do LBA (o experimento LBA/AMAZE - Amazonian Aerosol Characterization Experiment) publicado no final do ano passado na revista Science, acaba de elucidar uma série de mecanismos de interação entre a floresta e o clima da região Amazônica, através da emissão de partículas de aerossóis. O estudo coordenado pelo Prof. Paulo Artaxo do Instituto de Física da USP teve a participação de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Instituto Max Planck da Alemanha, e outras instituições estrangeiras.

Pesquisador Philip Fearnside questiona a necessidade de Belo Monte

Publicação coloca em xeque a necessidade de Belo Monte

A edição número 7 da revista eletrônica Política Ambiental, da Conservação Internacional, traz entrevista com o cientista Philip Fearnside, que respondeu a perguntas de sete jornalistas brasileiros sobre a usina hidrelétrica

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Para Marina, novo Código Florestal 'institucionaliza' risco de desastres como o do Rio

Ricardo Koiti Koshimizu

Para os críticos do projeto de lei que institui o novo Código Florestal, o texto que está para ser votado na Câmara amplia o risco de desastres com inundações e deslizamentos de terra, pois legalizaria a ocupação de áreas - como encostas e morros - que hoje estão protegidas pela legislação.  A ocupação irregular desses locais voltou a ser discutida após a recente tragédia no estado do Rio de Janeiro, onde mais de 700 pessoas morreram nos municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.

Órgão organiza licitação de mais lotes de floresta

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB), responsável pela concessão de florestas públicas, deve licitar em 2011 mais 8 mil quilômetros quadrados (km2) de áreas para exploração controlada de mata nativa na Amazônia.  O órgão está preparando editais para concessão de lotes nas florestas nacionais de Crepori, Altamira e Saracá-Taquera, no Pará, e Jacunda, em Rondônia.

Cooperação para pesquisar efeitos da poluição na atmosfera amazônica

Por Daniel Jordano, do Inpa

A parceira envolve o Inpa, a USP e a universidade de Harvard (EUA). O projeto já foi a aprovado e prevê estudos sobre os efeitos da poluição proveniente de Manaus sobre as regiões preservadas ao redor da capital amazonense.

Mangabeira será novo ''guru'' de Rondônia

João Domingos

O ex-ministro de Assuntos Estratégicos Mangabeira Unger vai coordenar o Programa Rondônia de Desenvolvimento, o principal projeto do governador Confúcio Moura (PMDB) para os próximos quatro anos.

Ministério de Minas e Energia e Copel assinam contrato de concessão de Usina de Colíder

Alex Rodrigues

O Ministério de Minas e Energia e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) assinaram ontem (18) o contrato de concessão para que a empresa construa e opere a Usina Hidrelétrica Colíder.  O empreendimento será localizado no Rio Teles Pires, próximo à cidade de Nova Cannaã do Norte (MT), e acrescentará 300 megawatts (MW) de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo 179,6 MW deles em energia assegurada.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ONU declara 2011 como o Ano Internacional das Florestas

As Nações Unidas declararam 2011 como o Ano Internacional de Florestas e o Ministério do Meio Ambiente prepara uma programação de eventos para aumentar a conscientização sobre a importância das florestas para as pessoas, com destaque para a conservação, o manejo e o desenvolvimento sustentáveis. "Florestas para as pessoas" é o tema do Ano, que será lançado no dia 24 de janeiro, em Nova Iorque (EUA), durante a 9ª Sessão do Fórum das Nações Unidas para Florestas (UNFF, sigla em inglês).

O preço de não escutar a natureza

Leonardo Boff

O cataclisma ambiental, social e humano que se abateu sobre as três cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na segunda semana de janeiro, com centenas de mortos, destruição de regiões inteiras e um incomensurável sofrimento dos que perderam familiares, casas e todos os haveres tem como causa mais imediata as chuvas torrenciais, próprias do verão, a configuração geofísica das montanhas, com pouca capa de solo sobre o qual cresce exuberante floresta subtropical, assentada sobre imensas rochas lisas que por causa da infiltração das águas e o peso da vegetação provocam frequentemente deslizamentos fatais.

HRT eleva perspectiva de exploração na Amazônia

A primeira sonda da HRT que vai perfurar a bacia do Solimões acabou de chegar ao Brasil e o presidente da empresa, Márcio Mello, busca adquirir mais duas que devem entrar em operação ainda no primeiro trimestre.

"Até julho, teremos seis sondas perfurando Solimões", disse Mello, elevando a previsão inicial de quatro para seis sondas na campanha dos 21 blocos da empresa em plena floresta amazônica.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Para analistas, tragédia no Rio deve ser levada em consideração no debate do novo código florestal

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A destruição causada pelas fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, com mais de 600 mortes contabilizadas até agora, forçosamente será levada em consideração pelos deputados federais no debate sobre o novo Código Florestal Brasileiro, cujo relator é o deputado Aldo Rebelo (PDdoB-SP). Para o professor de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB), Eleazar Volpato, as flexibilizações propostas no relatório do deputado Aldo Rebelo  agravam “de forma absoluta” a situação das ocupações de morros e encostas em toda a região da Mata Atlântica


Mudanças no Código Florestal aumentam os riscos de tragédias naturais

As alterações no Código Florestal Brasileiro, propostas pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB), podem ampliar as ocupações de áreas sujeitas a tragédias em zonas urbanas.  O texto em tramitação no Congresso deixa de considerar topos de morros como Áreas de Preservação Permanente (APPs) e libera a construção de habitações em encostas.

Mais de 3 mil km2 de florestas estão em risco na Amazônia, diz estudo

Por Redação Amazônia.org

Entre agosto de 2010 e julho de 2011 a Amazônia pode perder, pelo menos, 3.700 quilômetros quadrados de floresta, segundo o Boletim de Risco de Desmatamento, publicado neste sábado (8) pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Código Florestal: processo de reforma precisa de novos rumos

Bruno Taitson

O ano de 2010 chega ao fim e o processo de reforma do Código Florestal não caminhou para uma solução conciliadora.  O relatório apresentado em junho pelo deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) sofreu críticas, tanto de pesquisadores como de acadêmicos, ambientalistas, representantes do movimento social e pequenos agricultores.  A principal queixa gira em torno do fato de que o documento não foi produzido a partir de critérios técnicos e científicos, além de não ter sido debatido de forma ampla pela sociedade.

Clima é tenso entre posseiros e madeireiros no Pará

Madeireiros levam medo a Anapu, no coração da Amazônia. Polícia paraense e Incra enviam reforço para a região

Anapu, Pará – Uma semana após a Polícia Militar a se retirar da cidade o clima voltou a ficar entre madeireiros e posseiros no projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança. Na semana passada, a PM paraense flagrou a derrubada ilegal de florestas na área do assentamento. A presença dos policiais fez os madeireiros recuarem. Porém, com a saída dos policiais os posseiros e agricultores do projeto passaram a receber novas ameaças.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Substância de solos da Amazônia ajuda tratar a Aids

De 110 amostras de Actinomycetes isolados, 22% apresentaram ação antifúngicas capazes de combater a Candida glabrata presentes em pessoas infectadas pelo HIV. A descoberta é de Regina Yanako Moriya

sábado, 15 de janeiro de 2011

Carnaval ou a Amazônia sem carne

Diante de um bife mesmo os mais "conscientes" ambientalistas rendem-se à tentação e se enfastiam de tanta carne. Engole-se a pecuária bovina no Brasil como algo natural, sem notarmos a sua dimensão e urgência. Mais do que cercas e marcos, as fundações do Brasil foram socadas à pata de boi. Jamais o Brasil parou para pensar o impacto de sua decisão pela pata do boi, medir seu impacto social, ambiental e, mesmo, econômico.

México fatura com a proteção florestal

Modelo de controle comunitário adotado em 60% a 80% das florestas mexicanas é considerado bem-sucedido Na cidade de Ixtlán de Juárez, as decisões sobre a floresta são tomadas por um grupo de 390 moradores

Elisabeth Malkin do New York Times
Em Ixtlán Juárez (México)

Libertar das ervas daninhas os jovens pinheiros plantados no ano passado é apenas o primeiro dos muitos passos que Ixtlán de Juárez precisa dar para sustentar as árvores até que cresçam, prontas para a derrubada daqui a meio século.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um caminho para as águas amazônicas

Artigo
Por Washington Novaes

É espantoso que não causem surpresa e reação notícias como as de poucas semanas atrás, dando conta de que a seca deixara sem água parcela considerável da população de Manaus, cidade cercada por rios como o Negro e o Amazonas. Ou a de que boa parte da população urbana ali tem de se servir de água subterrânea e três quartos dessa água são contaminados por resíduos oriundos de fossas sépticas (apenas 8% das casas de Manaus são servidas por rede de coleta de esgotos). E Manaus não é o único caso - vide Parintins e outras. Numa região onde se investem dezenas de bilhões de reais para implantar hidrelétricas - com energia destinada em grande parte à produção de bens exportáveis ou suprir outras partes do País -, é inevitável a pergunta: por que não se invertem as prioridades? Por outro ângulo, fica uma questão ainda mais angustiante: por que não se tem uma política competente para as águas da Amazônia?

Governo pretende desmatar 5,3 mil km2 até 2019

O governo tem como meta instalar 61 novas usinas hidrelétricas e 7,7 mil quilômetros de linhas de transmissão em todo o Brasil até 2019.  As maiores usinas ficarão na Amazônia e provocarão o desmate de 5,3 mil quilômetros quadrados, o que equivale à área dos 19 municípios da região do Grande Rio. As informações são do jornal O Globo.

Amazônia peruana mais protegida

A recente gestão do Ministério do Meio Ambiente do Peru, que tem apenas dois anos, conseguiu finalizar o ano de 2010 com mais de 15% do território peruano protegido, e convertendo o país em um dos líderes em conservação. Dessa maneira, o país cumpriu com 80% dos compromissos do Programa de Trabalho do Convênio da Diversidade Biológica para as Áreas Naturais Protegidas (ANPs).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Serviço florestal quer ampliar concessões e fortalecer manejo comunitário

Luana Lourenço

Brasília - Com 1 milhão de hectares disponíveis para manejo florestal sustentável na Amazônia, o governo pretende ampliar a concessão de florestas para empresas madeireiras e aumentar o volume de recursos para o manejo feito por pequenas comunidades.

Com período de chuvas, sobe nível dos rios da Amazônia

Os rios da região Amazônica estão subindo com o período das chuvas. De acordo com informações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o nível do rio Negro subiu 12 centímetros entre ontem e esta quarta-feira.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Projetos no Congresso ameaçam 20 unidades de conservação federais

Dezesseis projetos de lei em análise no Congresso Nacional buscam reduzir, extinguir ou flexibilizar duas dezenas de unidades de conservação no país.

Um deles, se aprovado, pode levar embora, de uma vez, seis parques no Pará que, somados, têm área equivalente à do Estado de Santa Catarina.

Reforma do Código Florestal pode reduzir estoques de 7 bilhões de ton de carbono

Por Redação Observatório do Clima

Valor corresponde a mais de 13 vezes as emissões nacionais em 2007.

O Observatório do Clima acaba de lançar uma polêmica sobre a reforma do Código Florestal. Segundo a entidade, se forem aprovadas as alterações no Código Florestal conforme o substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa a serem lançadas na atmosfera. Isto representaria 25,5 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, mais de 13 vezes as emissões do Brasil no ano de 2007.

Reunião anual da SBPC será sobre o bioma Cerrado

Bioma que registra hoje o mais acelerado ritmo de desmatamento no Brasil, o Cerrado será tema da 63.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O encontro deste ano será no câmpus da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, em julho.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MPF tentará barrar Belo Monte se exigências não forem cumpridas

As informações são de Iberê Thenório, Globo Natureza, em São Paulo

O procurador Felício Pontes, do Ministério Público Federal (MPF), afirmou que entrará com uma ação judicial contra a União caso o Ministério do Meio Ambiente autorize o início das obras da usina de Belo Monte, no Pará, antes do cumprimento de 40 exigências ambientais estipuladas pelo Ibama.

País poderá receber verba global contra desmate

Ruy Barata Neto

Pela primeira vez, o Brasil poderá ter acesso a dinheiro de um fundo internacional para financiar projetos de proteção a florestas.

Na América Latina, junto com México e Peru, o Brasil é um dos eleitos pelo Programa de Investimento Florestal (FIP na sigla em , inglês), como país piloto para receber até US$ 70 milhões a serem liberados ainda este ano.

Equador ameaça abandonar preservação de reserva petrolífera na Amazônia

O governo do Equador ameaça abandonar o projeto de preservação da sua reserva petrolífera na Amazônia caso a comunidade internacional não contribua com um fundo destinado à criação de fontes alternativas de energia.

"Se não conseguirmos reunir suficientes adesões e compromisso internacional temos um plano B (...) que é a decisão de explorar esses recursos petrolíferos", afirmou à BBC Brasil Maria Fernanda Espinosa, ministra equatoriana do Patrimônio e coordenadora do projeto ITT- Yasuní.

Política energética na contramão ameaça Amazônia e despreza energia boa

Por Sérgio Abranches*, do Ecopolítica

Se o Governo Federal insistir com o plano de exploração hídrica da Amazônia, sem analisar seus impactos reais, a floresta está ameaçada.

Matéria no Globo de domingo, 9/1, mostra que só o desmatamento direto das 61 hidrelétricas e suas linhas de transmissão alcançaria 5,3 mil km2. Mas esse cálculo não conta os efeitos indiretos, que são maiores. Obras longas desse tipo abrem espaço para novas frentes de ocupação.

Dendê no Pará: desmatamento e pressão sob comunidade

Conflito rural envolve 150 famílias de ribeirinhos, que reivindicam título de área arrendada pela Palma Amazônia, em Moju (PA). Desmatamento de floresta nativa foi autorizado (e depois suspenso) pelo governo estadual.

Por Verena Glass, do Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis

O Brasil teria 31,8 milhões de hectares disponíveis para o plantio de dendê, de acordo com o Zoneamento Agroecológico da cultura. Desse total, quase 30 milhões de hectares estão na Amazônia Legal.

Verba ambiental para entidade "verde"

ONG ligada a acusada de envolvimento com a máfia das madeireiras recebeu R$ 5,4 milhões do governo federal

Alana Rizzo

Um fundo do governo federal idealizado para incentivar a preservação de florestas liberou recursos para uma entidade envolvida na máfia das madereiras. Criado há dois anos, o Fundo Amazônia repassou R$ 5,4 milhões para o Instituto Ouro Verde, ligado a Ana Luisa Mancini da Riva, denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF), em 2005. O fundo é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e coordenado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Terramérica - A população que vigia sua Amazônia

Por Milagros Salazar*

Habitantes e autoridades de uma região peruana tomaram em suas mãos a tarefa de conservar as florestas.

Lima, Peru - San Martín é uma das três regiões amazônicas mais desmatadas do Peru. Entretanto, ali, organizações sociais e moradores aproximaram-se das autoridades locais e regionais para defender a flora, a fauna e as fontes de água, e também para deter a depredação das florestas. Enquanto as águas dos rios secavam, foi crescendo o interesse das pessoas de San Martín, na selva central peruana, em solicitar ao Estado concessões de conservação em terrenos públicos de grande diversidade biológica.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Código Florestal: conflito de interesses e expectativas*

Por Dal Marcondes, da Envolverde

O país tem nome de árvore, tem a maior floresta ainda preservada do planeta, a Amazônia, mas já devastou uma das mais importantes reservas de biodiversidade já existente, a Mata Atlântica.
 
O principal interesse dos colonizadores portugueses ao chegar ao Brasil no século 16 foi explorar uma árvores especial, de cujo caule sai uma seiva de cor rubra e que era usada para tingir a roupagem dos cardeais. O “Pau Brasil” foi o primeiro eixo de exploração econômica das florestas. Durante três séculos foi super-explorado e quase chegou à extinção nas matas costeiras. Aliás, como consta em diversos documentos de época, a Mata Atlântica, encontrada em todo o litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul até o Rio Grade do Norte, foi praticamente dizimada pelos novos ocupantes do país para a construção de cidades e implantação de atividades agrícolas e pecuárias, a ponto de quase não haver mais madeira para manter o ritmo de expansão da construção de casas e obras públicas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amazônia Pós-Desmatamento - Uma agenda para a nova década

Por Mary Allegretti*

O grande problema da Amazônia – o desmatamento – em torno do qual reuniram-se cientistas, pesquisadores, ambientalistas, seringueiros, opinião pública internacional e muitos outros atores, nas últimas três décadas, está se transformando em questão corriqueira de gestão ambiental.  Essa é uma oportunidade que não se pode perder de mudar a agenda e substituir ações de comando e controle por um coerente plano de desenvolvimento sustentável estratégico.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O ano das florestas

Por Redação Greenpeace

Virada a página do calendário, entramos no Ano Internacional das Florestas
(http://www.un.org/en/events/iyof2011/index.shtml). Assim ficou estabelecido na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU): 2011 é o ano das matas, que chegam a cobrir 31% da área terrestre do planeta. Mais que uma homenagem, o objetivo da ONU é lembrar ao mundo a importância que as florestas têm para a sobrevivência de todo tipo de vida – incluindo nós, humanos.

Código Florestal: herança maldita de Lula

Se o desmonte do Código Florestal for confirmado ainda esse mês, então ele será o ícone da herança maldita de Lula. Ele será o auge do desmonte da legislação ambiental brasileira sob o governo desse presidente
Poderíamos citar tantas outras, camufladas até agora pela retirada de milhões de pobres da miséria. Mas, o fato de tirar tanta gente desse patamar não justifica e nem dá cheque em branco para que se sinta com autoridade para destruir o que a sociedade levou décadas para edificar.

A espécie ameaçada

Grau de ameaça

O macaco-prego, também conhecido como capuchinho - sua pelagem se assemelha ao capuz dos monges - é um primata nativo da floresta amazônica. Também é encontrado nas Guianas, Suriname e Venezuela. Segundo a União Internacional para a Conservação na Natureza (IUCN), a população está em declínio.

De volta ao futuro

Artigo
Por Tasso Azevedo

O que eu desejo para 2011 é poder comemorar o primeiro ano desta coluna, em dezembro, publicando o seguinte artigo:

"O ano de 2011 foi um ano de grandes avanços para a agenda da sustentabilidade no Brasil e no mundo.

O acordo histórico da COP 17 realizada em Durban, África do Sul, com compromisso de iniciar a redução de emissões globais de gases de efeito estufa antes de 2020 traz nova esperança para o enfrentamento das mudanças climáticas. A fixação de metas de redução de emissões, em relação a 1990, para os países desenvolvidos, e o compromisso mensurável de desaceleração das emissões dos países emergentes, prometem acelerar um novo acordo global para o clima, nos próximos anos, com vistas à meta de redução de 80% das emissões até 2050 também acordada em Durban.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A conta cara da energia

Opção às fontes sujas, as hidrelétricas acarretam um outro tipo de problema: os graves danos ambientais às regiões onde são construídas

Vinicius Sassine

A expansão da produção de energia elétrica no Brasil vive uma encruzilhada.  Por um lado, a saída encontrada pelo governo foi o estímulo a fontes sujas e inseguras de energia, com mais investimentos em usinas termelétricas e nucleares, como o Correio mostrou na edição de ontem.  Por outro, dezenas de projetos de hidrelétricas se arrastam por anos — ou até décadas — por causa dos graves impactos ambientais das obras.  Fontes renováveis de energia, as usinas hidrelétricas continuam sendo as principais apostas de incremento de eletricidade nos próximos dez anos.  Os danos às regiões onde os projetos chegarão, porém, mostram um incalculável custo ambiental para o país ter mais energia.

Código ambiental de MT é questionado no STF por violar regras

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel Santos, ajuizou, no Supremo Tribunal Federal (STF), a Ação Direta de Inconstitucionalidade, em que pede, em caráter liminar, a suspensão dos efeitos de dispositivos do Código do Meio Ambiente do estado de Mato Grosso que consideram dispensável a realização de estudo prévio de impacto ambiental para o licenciamento ambiental de empreendimentos hidrelétricos com potencial entre 10 e 30 Megawatt(MW).

Amazônia e NE livres de taxa adicional ao frete

Josette Goulart

Costa, vice-presidente de energia da Alstom, se queixa dos benefícios fiscais concedidos a fornecedores internacionais na região da Amazônia Ocidental O governo federal prorrogou até 2015 a isenção de "adicional ao frete para renovação da marinha mercante" dos empreendimentos que forem implantados, modernizados ou se diversificarem e se enquadrarem nas Superintendências de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene).  A isenção foi prorrogada pela Medida Provisória número 517, em seu artigo 18, publicada no Diário Oficial dia 31 de dezembro.

Decreto estabelece novas regras para o uso de reservas e parques

A três dias do final de 2010 o governo do Estado publicou o decreto 30.873, que estabelece novas regras para a exploração turística de reservas e parques sob gestão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).

Clima de guerra na fazenda Rio Cristalino, no Pará. Entrevista especial com Frei Henri des Roziers

Uma verdadeiro clima de guerra tomou conta da fazenda Rio Cristalino, localizada no Sul do Pará.  Composta por um total de 140 mil hectares, ela foi criada nos anos 1980 e nos anos 1990 foi entregue à empresa Wolksvagen, que a vendeu.  Hoje, 600 famílias se distribuem em 60 mil hectares, que ainda não foram desapropriados pelo governo federal, aponta o Frei Henri des Roziers, sacerdote dominicano, na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line.  O mais grave de toda essa situação são os assassinatos de trabalhadores rurais cometidos por um grupo de extermínio de fazendeiros que tem, inclusive, uma lista de pessoas marcadas para morrer.  De maio a outubro, quatro pessoas foram assassinadas, vítimas de perseguição por quererem, apenas, seu pedaço de terra para plantar e viver.

Projeto de Zoneamento de MT volta à Assembleia Legislativa

O governador Silval Barbosa (PMDB) informou ontem que atendeu o pedido de deputados e devolveu para a Assembleia Legislativa o projeto de Zoneamento Socioeconômico e Ecológico (ZSEE) de Mato Grosso, que havia sido aprovado pelos parlamentares há pouco mais de um mês.  O recesso parlamentar só termina em fevereiro próximo.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amazônia terá mais onze hidrelétricas

Josette Goulart

O futuro da região Amazônica brasileira como grande fornecedora de energia elétrica não vai se limitar aos projetos já leiloados até 2010, que vão elevar de 10 mil para 30 mil megawatts (MW) a capacidade de produção da região.  Depois de Belo Monte, Madeira e Teles Pires, a expectativa é de que nos próximos anos outras onze usinas hidrelétricas sejam licitadas na região, acrescentando mais 15,8 mil MW ao sistema.  E para transportar os mais de 45 mil MW que serão produzidos na chamada Amazônia legal - que inclui a floresta de parte do Mato Grosso - para o centro de consumo do país, cerca de 23 mil quilômetros de linhas de transmissão serão construídos.

Plantação de palma avança na Amazônia desmatada

Mario Osava, da IPS

O Brasil pretende ser um grande produtor mundial de óleo de palma, expandindo uma nova monocultura estrangeira na Amazônia oriental, onde também se multiplicam as plantações de eucalipto em extensas áreas já desmatadas.  O Pará se consolida como a terra brasileira da palma africana (Elaeis guineensis), depois de se destacar como o Estado amazônico que mais florestas nativas perdeu por causa do avanço da agricultura, pecuária, indústria madeireira e extração de carvão vegetal para uso na siderurgia local.

domingo, 2 de janeiro de 2011

O elo entre o ontem e o amanhã

Especial para o Diário do Nordeste - O Brasil viveu mais eventos climáticos extremos em 2010 do que em qualquer outro ano de sua história. O ano começou com a destruição da cidade histórica de São Luiz do Paraitinga, em São Paulo, por conta das chuvas. Avançou com as inundações no Nordeste, que atingiram de forma impiedosa populações de Alagoas e Pernambuco, mas que também castigaram outros Estados da região.

27 novas espécies ameaçadas

Coluna:Tubo de ensaio

Na Amazônia peruana, uma espécie de ave é descoberta por ano, e uma de mamífero a cada quatro, mas, paradoxalmente, cada novo achado faz parte de uma tragédia, pois ocorre devido ao desmatamento realizado por empresas de petróleo, mineradoras e madeireiras. Por isso, em muitos casos, a descoberta de uma nova espécie caminha lado a lado com o começo de sua extinção. Entre as novas espécies descobertas nos últimos cinco anos estão a rã Ranitomeya amazonica, com coloração de fogo na cabeça e patas azuis, o papagaio-de-testa-branca e o beija-flor-de-colar-púrpura. O Peru é o quarto país do mundo em extensão vegetal, com 700 mil quilômetros quadrados de florestas tropicais amazônicas, que contribuem para reduzir o aquecimento global e abrigam grande biodiversidade. Em outubro, mais de 1.200 novas espécies foram apresentadas em uma cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade. Delas, cerca de 200 foram descobertas na Amazônia peruana.