Por Nayanne Santana
Mulheres indígenas de várias etnias do Acre, Rondônia e Amazonas estarão reunidas até
quarta-feira 21, no Centro de Antropologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) para discutir propostas que serão encaminhadas ao Fórum Social Mundial, que acontecerá em Belém de 27 de janeiro a 1º de fevereiro.
As mulheres participam ao longo desta semana do 2° Assembléia das Mulheres Indígenas do Acre, promovido pela organização das mulheres indígenas do Acre, sul do Amazonas e noroeste de Rondônia.
De acordo com a líder indígena Letícia Yawanawá disse que nos últimos anos o movimento feminino indígena perdeu a força e quase deixou de existir. A líder conta que hoje é preciso resgatar esse movimento para que as mulheres indígenas tenham voz perante a sociedade brasileira.
“Aqui nós vamos avaliar a conjuntura do movimento de mulheres indígenas que agora tem deixado muito a desejar, no início foi muito bom, tivemos algumas conquistas, mas agora está deixando a desejar”, afirma.
Indentidade retomada
Para a líder indígena o que motivou o enfraquecimento do movimento indígena na região da Amazônia Ocidental foi a interferência de determinados setores da sociedade.
“Vamos discutir propostas para motivar o movimento de mulheres e uma proposta que vai ser feita após ouvirmos todo o movimento de mulheres quando realizarmos uma oficina que vai contar com a presença de cerca de 70 mulheres”, explicou Letícia Yawanawá.
Letícia disse que esta será a primeira vez que o Fórum Social Mundial terá uma participação massiva de povos indígenas.
Para que o movimento feminino indígena não perca mais a intensidade de trabalhos em favor das mulheres indígenas, Letícia diz que o encontro das mulheres do Acre, Amazonas e Rondônia será muito importante para o fortalecimento da categoria.
“Nós queremos planejar os próximos três anos do movimento”, ressaltou
Os organizadores do evento informaram que no encerramento do encontro são esperados o governador do Estado, Binho Marques, e o prefeito em exercício de Rio Branco, Eduardo Farias. Eles devem ir ao encontro para participar dos debates com as mulheres indígenas.
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