
Por Marco Antônio Soalheiro, da Agência Brasil
Ministro promete trabalho em parceria com Maggi no combate ao desmatamento.
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta segunda-feira (2) que os “indícios” de aumento do desmatamento na Amazônia, constatados pelos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), exigem uma resposta imediata dos órgãos de fiscalização e proteção.
“O dado é preocupante. Não vamos brigar com os termômetros e chorar a seiva derramada. Vamos agir. Algumas ações ainda não geraram frutos e outras serão adotadas agora”, disse Minc.
Entre as propostas anunciadas por Minc está a apreensão de gado em propriedades onde for caracterizado o desmatamento ilegal. As ações de fiscalização que devem ocorrer a partir de 15 de junho serão realizadas em conjunto com forças policiais.
O ministro responsabilizou a produção de soja e a criação de gado pela devastação recente da Amazônia. “Os preços da soja e da carne estão disparados e essa relação é historicamente comprovada no Brasil. Há um estímulo para que novas áreas sejam ocupadas por soja, que joga o gado para frente. E o avanço do gado é responsável por 70% a 80% do desmatamento na Amazônia”, afirmou.
Minc também alertou para o fato de que a realidade da degradação na Região Amazônica possa ser ainda mais grave do que os dados apontados pelo Inpe até o momento. “Os piores meses de desmatamento são tradicionalmente junho, julho, agosto e setembro quando há estiagem e avanço da preparação de terrenos. O pior está por vir e agora é que será o nosso teste”, disse.
Apesar de o Inpe ter revelado que o estado do Mato Grosso concentrou 70% do desmatamento detectado no mês de abril, o ministro evitou fazer críticas ao governador Blairo Maggi. “Não estou aqui para atacar ou defender governador. Quero trabalhar junto. Falei hoje com o Blairo Maggi e pretendo ir até o estado ainda neste mês”, afirmou.
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Minc promete trabalho em parceria com Maggi no combate ao desmatamento
Marco Antônio Soalheiro, da Agência Brasil
Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, mostrou-se nesta segunda-feira (2) disposto a não adotar uma posição de enfrentamento com relação ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, que comanda o estado apontado pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) como principal responsável pelo desmatamento recente da Amazônia.
“Conversei hoje com ele [Maggi] que o importante é trabalhar em conjunto para garantir a produção sustentável e combater o desmatamento. Inclusive entre 2002 e 2007, o estado do Mato Grosso foi um dos que mais diminuiu o desmatamento”, disse Minc.
O ministro informou que o trabalho em conjunto com Maggi é uma “determinação do presidente Lula” e anunciou que deverá fazer um visita ao Mato Grosso ainda em junho. “Nós não queremos chorar a seiva derramada. Queremos impedir o desmatamento e vamos atuar com os estados”, afirmou Minc.
(Envolverde/Agência Brasil)
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