sábado, 21 de junho de 2008

Envolverde - Governador de Rondônia defende criação da Contribuição Social Sustentável


Por Luana Lourenço, da Agência Brasil

O ministro do meio ambiente, Carlos Minc, descarta criação do imposto.

Brasília - O governador de Rondônia, Ivo Cassol, defendeu nesta quinta-feira (19), em audiência pública na Câmara, a criação da Contribuição Social Sustentável, um imposto para financiar a preservação da Amazônia, nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS), em tramitação no Congresso Nacional.

“Precisamos de ajuda sim, mas não só de garganta, disso eu já estou cheio. Precisamos de recursos, de dinheiro para investir na Amazônia”, cobrou.

Cassol criticou quem, segundo ele, defende a Amazônia “de dentro de uma sala com ar-condicionado em Brasília” e não conhece de perto a realidade de quem vive na região. “Às vezes parece que os bichos e as árvores são mais importantes que as pessoas”, comparou.

O governador também reclamou da gestão da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e da falta de articulação entre órgãos federais e estaduais de meio ambiente. “É preciso cobrar também das multinacionais, dos bacaninhas americanos que reclamam dos desmatamento, mas continuam comprando nossas matérias-primas.”

Ao se dirigir ao governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que também participa da audiência, Cassol disse que os dois “são parceiros de pancada e porrada”, em referência às criticas que vêm recebendo pelos altos índices de desmatamento em seus estados.

Ivo Cassol, que foi madeireiro até 1995, disse que deixou o setor por causa de pressões. O governador argumentou que os madeireiros querem derrubar “árvores maduras” que, segundo ele, “depois de muitos anos, começam a fazer fotossíntese ao contrário, deixam de absorver e passam a liberar gás carbônico”.

Crédito de imagem: Marcello Casal Jr./ABr

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Minc descarta criação de imposto para financiar a preservação da Amazônia

Ivan Richard

Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, descartou nesta sexta-feira (20) a idéia de se criar um imposto nos moldes da Contribuição Social para a Saúde (CSS) para aumentar os recursos destinados à preservação da Amazônia. A proposta foi apresentada ontem (19) pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo Minc, o ideal é que os estados e a União trabalhem juntos, inclusive, com a utilização de batalhões e bombeiros florestais para coibir os danos ao meio ambiente.

“Acho sim que poderíamos usar fundos como o Fundo Amazônia, que vai arrecadar US$ 900 milhões. Desse fundo, sairiam recursos para os estados melhorarem a preservação e não mais novos impostos, porque ninguém agüenta”.

De acordo com o ministro, o fundo será criado daqui a um mês e contará com dinheiro doado por outros países. A Noruega já garantiu a liberação de US$ 100 milhões, informou Carlos Minc.

O ministro participou hoje da divulgação dos dados do Cadastro Nacional de Florestas Públicas (CNFP) 2008, na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

(Envolverde/Agência Brasil)

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