segunda-feira, 30 de junho de 2008
Envolverde - Três cidades gaúchas fecham as portas para madeira ilegal da Amazônia
Por Redação do Greenpeace
São Leopoldo, Brasil —Santa Maria, Rio Grande e São Leopoldo foram as primeiras cidades gaúchas a aderirem ao programa Cidade Amiga da Amazônia, do Greenpeace. O programa tem como objetivo a adoção de leis locais, por parte dos municípios, para evitar o consumo de madeira amazônica proveniente de desmatamentos e exploração ilegal nas licitações das prefeituras.
“Santa Maria, Rio Grande e São Leopoldo são os primeiros municípios do Rio Grande do Sul a adotar medidas concretas para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, ajudando a fechar o mercado de madeira ilegal”, comemora Adriana Imparato, do programa Cidade Amiga da Amazônia.
A primeira cidade gaúcha a aderir ao Cidade Amiga da Amazônia foi Santa Maria, no dia 2 de dezembro. “Esse é um protocolo histórico para a cidade”, afirmou o prefeito de Santa Maria, Valdeci Oliveira (PT), durante a assinatura do termo de compromisso com o Greenpeace e a Fundação Moã. “Promoveremos muitas ações com o Greenpeace, fazendo a fiscalização da madeira que passa por aqui”.
No dia 5 de dezembro foi a vez do prefeito de Rio Grande, Janir Branco (PMDB), a assinar o termo “Compromisso pelo Futuro da Floresta”, juntamente com o Greenpeace e o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema). “Aqui em Rio Grande nossos compromissos não ficam só no papel. Temos uma equipe colegiada que cuida da implementação de cada documento que assinamos e, com Cidade Amiga da Amazônia, não vai ser diferente”, afirmou ele.
Dois dias depois, o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT-RS) também assinou o termo de compromisso. “Nossas compras serão sustentáveis a partir de agora. Pode ser difícil, mas faremos o que é de responsabilidade de poder público: defender a Floresta Amazônica, que é o principal patrimônio da humanidade”, afirmou o prefeito. Com a assinatura, São Leopoldo tornou-se o 26o município brasileiro a participar do Cidade Amiga da Amazônia.
A indústria madeireira é uma das principais forças de destruição da Amazônia. Cerca de 70% da madeira produzida na região é consumida pelo mercado brasileiro e as prefeituras consomem grandes volumes em obras públicas e mobiliário. Entre 2003 e 2004, 26.130 quilômetros quadrados de florestas foram completamente destruídos na Amazônia, o equivalente a seis campos de futebol desmatados por minuto.
Ao aderirem ao programa do Greenpeace, as prefeituras contribuem de maneira concreta para reduzir a destruição criminosa da floresta. Para tornar-se uma “Cidade Amiga da Amazônia”, as administrações devem formular leis municipais que exijam quatro critérios básicos em qualquer compra ou contratação de serviço que utilize madeira produzida na Amazônia: proibir o consumo de mogno, uma espécie ameaçada; exigir, como parte dos processos de licitação, provas da origem legal e em Planos de Manejo Florestal da madeira; dar preferência à madeira certificada pelo FSC, um sistema que garante a origem sustentável do produto florestal; e orientar construtores e empreiteiros a substituir madeiras descartáveis utilizadas em tapumes, fôrmas de concreto e andaimes por alternativas reutilizáveis como ferro ou chapas de madeira resinada.
Crédito da imagem: Greenpeace
(Envolverde/Greenpeace)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário