quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Envolverde - Multidão cerca fiscais do Ibama em Tailândia, Pará


Por Redação do Ibama

Brasília – Fiscais do Ibama e do governo do Pará tiveram de interromper a Operação Guardiões da Amazônia que realizava trabalho de vistoria de empresas madeireiras e deixar o município de Tailândia, nordeste do Pará, devido à revolta de populares. Nesta quarta-feira (19) por volta das 10 horas, uma multidão com aproximadamente 2 mil pessoas cercou seis fiscais e tentou invadir uma das serrarias da cidade para atear fogo ao caminhão que retirava a madeira apreendida na ação fiscalizatória.

Os fiscais conseguiram escapar pelos fundos, enquanto 70 policiais do Batalhão de Choque da PM e do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) faziam a segurança. Houve tiroteio no local. Até o momento, não há informações sobre feridos. A multidão enfurecida ainda tentou colocar fogo na ponte que dá acesso à cidade. A situação em Tailândia começou a ficar tensa nesta terça-feira (18) à noite. Trabalhadores de serrarias e carvoarias teriam se revoltado porque donos de serrarias teriam ameaçado de demiti-los caso fossem fiscalizados.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, que participa nesta quarta-feira (19), em Brasília, de reuniões com a Polícia Federal e Exército Brasileiro para reforçar ações conjuntas de combate ao desmatamento da Amazônia, “a operação Guardiões da Amazônia vai continuar em Tailândia, apesar da pressão dos que tentam burlar as leis ambientais”.

A Operação Guardiões da Amazônia começou a fiscalização na semana passada em Tailândia. Cerca de 130 servidores do Ibama e do governo do estado participam da ação. Das cerca de 140 serrarias de Tailândia, dez já foram fiscalizadas e cinco multadas por ter em estoque madeira sem origem comprovada e por comércio de madeira sem autorização. Dos mais de 20 mil metros cúbicos de madeira vistoriados, 13 mil foram apreendidos. As multas aplicadas já somam mais de R$ 1,5 milhão.

Também foram destruídos 152 fornos para produção de carvão que não tinham a devida licença ou por utilizarem madeira nativa, o que resultou em multa de R$ 61 mil. A Secretaria de Meio Ambiente do Pará começou a retirar a madeira apreendida ontem.

Ascom/ Ibama
(Envolverde/Ibama)

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