segunda-feira, 28 de julho de 2008

Envolverde - Ideflor conhece experiências de gestão florestal no Acre


Por Adriana Martins, da Ideflor

As experiências de gestão florestal empregadas no Estado do Acre foram conhecidas de perto pela Diretora Geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), Raimunda Monteiro, que foi recebida pelo Secretário de Floresta daquele estado, Carlos Ovídio Duarte Rocha no início da semana.

A gestão direta é o modelo de gestão florestal utilizada no Acre, que só é permitida no caso das Unidades de Conservação de uso sustentável, como é o caso das florestas nacionais, onde os órgãos ambientais são responsáveis pela gestão com o objetivo principal de conservação. Essa forma de gestão possibilita que o setor público firme convênios, termos de parceria, contratos ou instrumentos similares com terceiros para a execução de atividades subsidiárias, observados os procedimentos licitatório pertinentes.

No Acre também é praticada a concessão industrial, em que o governo do estado instalou uma moderna fábrica de pisos e cerrarias no município de Chapuri, com financiamento do BNDES, com o diferencial de que a matéria-prima utilizada é necessariamente originada de atividades de manejo florestal comunitário. O Governo ainda pretende instalar outras duas fábricas nos municípios de Parauacá e Feijó.

Raimunda Monteiro também conheceu o pólo industrial de Chapuri com suas modernas oficinas de marcenaria, onde são fabricados móveis e artefatos de madeira para decoração, com alto valor agregado e, cuja matéria-prima também é originada do manejo florestal comunitário. Nessa localidade a Diretora Geral visitou, ainda, a Cooperativa Agroextrativista de Chapuri, que há 15 anos trabalha com a exportação de Castanha em consórcio com empresas privadas.

Outra visita foi feita a Fábrica de Preservativos Masculinos de Chapuri, mais uma iniciativa do Governo do Estado do Acre para a valorização da economia extrativista, que conta com o apoio do Ministério da Saúde e do BNDES, em que se usa o látex para a fabricação dos preservativos. Essa produção cobre 10% da demanda nacional de preservativos que são distribuídos gratuitamente pelo Governo Federal na Região Norte.

Ela esteve, ainda, no pólo moveleiro de Rio Branco onde é desenvolvida a produção de móveis com desenho industrial orientado, com equipamentos e profissionais especializados disponibilizados pelo Governo do Estado.

“Todas essas experiências colocam o Acre como um grande laboratório do desenvolvimento sustentável da Amazônia, com profundo engajamento das comunidades nesse processo, por isso merecem ser acompanhadas”, assinalou Raimunda Monteiro.

A Diretora Geral do Ideflor informou no mês de novembro os gestores florestais da Amazônia devem se reunir para compartilhar e avaliar experiências de gestão comunitária dos recursos florestais, bem como para fazer um balanço e aproveitamento desses mecanismos de gestão.

(Envolverde/Ideflor)

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