Por Bruno Calixto
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou, entre novembro e dezembro de 2008 e janeiro de 2009, 754 quilômetros quadrados de desmatamento. Os números são positivos se comparados ao mesmo período do ano anterior, quando o desmatamento foi de 2.527 km2, o que representa uma queda de aproximadamente 70% no desmatamento.
O Inpe alerta, no entanto, que os números podem estar subestimados, já que é o período de chuvas."Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização".
Durante todo o período analisado, o grande campeão de desmatamento foi o Pará, que desmatou 318,7 km2 de florestas. Seguem-no Mato Grosso (272,3 km2), Maranhão (88,4 km2) e Rondônia (58,1 km2).
Avaliação mensal
No mês de outubro de 2008, foram registrados 354 km2 de desmatamento, com 63% de cobertura de nuvens nos estados da Amazônia Legal. O estado do Pará foi o que mais desmatou, com 221,7 km2, seguido por Maranhão (53,6 km2) e Mato Grosso (40,7 km2). O total desmatado foi bem menor do que o do mesmo período de 2007, que registrou 966 km2 de floresta desmatada.
Em dezembro de 2008, o sistema Deter apontou desmatamento em apenas três estados, Pará (9,13 km2), Mato Grosso (57,7 km2) e Rondônia (28,2 km2), totalizando apenas 177 quilômetros quadrados. Comparado com o mesmo período de 2007, a queda da quantidade de desmatamento foi grande, já que em dezembro do ano passado foram 923 km2 de florestas desmatadas. A quantidade de nuvens encontradas, no entanto, foi bastante alta, cobrindo 86% da Amazônia Legal.
Em janeiro de 2009 foram desmatados ao todo 222 quilômetros quadrados de florestas, com destaque para a participação do estado do Mato Grosso, com 173,9 km2, seguido pelo Maranhão, com 34,8 km2, e 76% da Amazônia Legal estava coberta por nuvens. No ano anterior, o desmatamento foi de 638 km2.
Qualificação
Os dados do Inpe são gerados a partir do Deter – Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, com base em imagens de satélites. O Inpe também elabora uma qualificação dos dados, para a qualificação dos números. De acordo com essa qualificação, 58% dos alertas foram confirmados como corte raso (total supressão da floresta), 37% como degradação progressiva e 5% não apresentaram indícios de desmatamento.
Veja os relatórios do Deter:
AVALIAÇÃO TRIMESTRAL DO DETER - Novembro de 2008 a Janeiro de 2009
Deter - Dezembro de 2008
Deter - Janeiro de 2009
Deter - Novembro de 2008
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