segunda-feira, 30 de março de 2009

Amazonia.org.br - Desmatamento manteve-se estável em fevereiro, diz Imazon

Apesar de a devastação ter sido similar ao mesmo mês do ano passado, especialistas acreditam que a tendência é de queda

A quantidade de florestas desmatadas na Amazônia Legal no mês de fevereiro de 2009 foi de 62 km², de acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O SAD mostrou que o desmatamento de fevereiro de 2009 foi muito similar ao de fevereiro de 2008, quando foram registrados 63 km².

Dos 62 km² desmatados no último mês, a maior quantidade foi em Mato Grosso, com 65%, seguido do Pará (25%), Roraima (4%), Amazonas (4%) e Rondônia (2%). Mais da metade da Amazônia Legal (66%) não foi monitorada, devido à ocorrência de nuvens na região. O Imazon também registrou 37 quilômetros quadrados de degradação florestal, oriundas de áreas que sofreram intensa exploração madeireira ou fogo. A maior parte das áreas degrada estava em Mato Grosso (75%), mas também foi relevante a degradação nos estados do Pará (15%) e Rondônia (9%).

No desmatamento acumulado no período de agosto de 2008 a fevereiro de 2009, os sete primeiros meses do calendário do desmatamento, foram detectados 749 km². Em comparação com o desmatamento ocorrido no mesmo período do ano anterior, quando o desmatamento chegou a 3.579 km², tivemos uma redução de 79%.

Apesar de Mato Grosso ser ainda o estado que mais desmata, em comparação com o mesmo período do ano passado, o Estado foi o que teve a redução mais expressiva na quantidade de desmatamento, com redução de 87%. Rondônia e Pará também apresentaram grandes quedas na quantidade desmatada (83% e 73%, respectivamente), e os Estados do Acre e Amazonas tiveram crescimento da área desmatada (22% e 3%). Em termos absolutos, no entanto, o crescimento nesses dois estados foi muito pequeno, de 3km² no Acre e 2km² no Amazonas.

Em relação à ocupação fundiária, a maioria dos desmatamentos ocorreu em áreas privadas ou de posse (74%). O desmatamento em Unidades de Conservação foi de 14% e o de Assentamentos da Reforma Agrária de 12%.

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