O índice de desmatamento da Amazônia Legal diminuiu 62,87% no mês de julho, em relação a junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área desmatada equivale a 323 km2, pouco maior que o Parque Nacional do Itatiaia. Em abril, maio e junho, o Inpe apontou, respectivamente, 1.124, 1.096 e 870 km2 de devastação, números indicativos da tendência de queda. Em julho, o Estado do Pará ficou no topo do ranking do desmatamento, respondendo por 235,6 km2. Mato Grosso ficou em segundo lugar (32,7 km 2).
Apesar da queda do índice em julho, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avalia que ainda não há motivo para comemorar. "Não estamos contentes. O desmatamento tem de cair mais ainda e as condições de desenvolvimento sustentável têm de melhorar."
De acordo com Minc, o principal fator que provocou a queda foi o aumento da fiscalização pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Dobrou a intensidade da fiscalização, entrou em vigor a resolução do BC, que tirou o crédito dos desmatadores ilegais. Esses fatores em conjunto levaram à queda dos desmatamento", disse.
O ministro afirmou que, no ano passado, o Ibama tinha 20 equipes para fazer a fiscalização na região. Este ano, o número aumentou para 40. A Amazônia Legal, que inclui os Estados do Acre, Amapá, Pará, Amazonas, de Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão, tem 5.217.423 km2
Minc voltou a negar a possibilidade de o governo apresentar proposta que aumente a área cultivada pela cana-de-açúcar no Pantanal mato-grossense. "Hoje nós plantamos 7 milhões de hectares de cana-de-açúcar. Nós queremos um etanol verde, que não seja boicotado lá fora porque destrói a Amazônia ou destrói o Pantanal." (Agências noticiosas)
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