terça-feira, 2 de setembro de 2008

Envolverde - Americano estuda ciclo de 300 borboletas na Amazônia


Por Josana Sales, para a Agência Amazônia

ALTA FLORESTA, MT – Considerado um dos mais importantes estudiosos de borboletas em todo o mundo, o americano Jim P. Brock esteve mais uma vez ao Brasil estudando e observando o ciclo de vida de mais de 300 espécies que vivem nas matas da Reserva Particular de Proteção Natural Cristalino, em Alta Floresta, 800 quilômetros ao norte de Cuiabá, capital mato-grossense. Estima-se existam cerca de 1.800 espécies somente nesta região da Amazônia brasileira.

Jim estuda borboletas há 40 anos e já registrou espécies no Equador, Costa Rica, Brasil, Alemanhã, França, Itália, Austria, Canadá e México. Em 1991 lançou como co-autor o livro “ Butterflies of Southern Arizona”. Em 2003 foi lançada nova publicação , "Butterflies of North America" e em 2005 “Field Guide to Caterpillars”. Sua especialidade é estudar a vida das borboletas e as plantas mais adequadas para servirem de alimentos para as lagartas.

As fotos produzidas por Jim nos seus levantamentos já foram publicadas em artigos científicos divulgados em revistas e livros especializados no assunto.

Rondônia e Mato Grosso

Nova modalidade de ecoturismo mundial, a observação de borboletas no Brasil tem atraído europeus e americanos fascinados pelas inúmeras espécies de infinitas cores e formas existentes nas matas brasileiras, sobretudo na Amazônia.

Segundo especialistas internacionais , os estados de Rondônia e Mato Grosso são os melhores destinos para observar e registrar borboletas.

A Venezuela já tem sido destino destes ecoturistas e de estudos que estão registrados numa recente publicação “The Butterflies of Venezuela”, de autoria do inglês Andrew F.E. Neild, da Meridian Publications. Andrew esteve no Cristalino Jungle Lodge em 2005, quando anunciou na época que o Brasil teria cerca de 3.500 espécies de borboletas.

As borboletas constituem um importante grupo da família dos insetos e pertencem à ordem dos Lepidópteros, termo que significa literalmente “asas em escamas”. As escamas são coloridas e sobrepostas, formando desenhos intricados de rara beleza.

As cores podem ser fortes, suaves, metálicas ou iridescentes, formadas por diferentes pigmentos e micro-texturas que, devido aos efeitos de refração e difração da luz incidente, conferem nuances das mais variadas tonalidades nas asas desse lindo inseto.

Leves e coloridas

Elas possuem o esqueleto por fora do corpo, chamado exoesqueleto, que não apenas forma a estrutura de suporte, mas também revestem todo o corpo do animal, impedindo a perda de água, protegendo-as da desidratação total e das pressões ambientais.

Nas regiões tropicais são encontradas em maior número e espécies variadas, informam os estudiosos, entre os quais Jim Brock. E o reinado não se limita às borboletas: há também uma diversidade de mariposas, já que o clima é quente na região.

A umidade e a grande variedade de plantas oferecem a elas condições ambientais favoráveis e alimento em abundância.

As borboletas variam em tamanho desde as mais minúsculas com cerca de três milímetros de tamanho (Phyllocnistis spp) até as maiores com pouco mais de 30 centímetros (Attacus Atlas )ou a Ornithoptera alexandrae com 28 cm de uma extremidade a outra de suas asas.

Mais Informações:

http://www.joanbrock.com
http://cristalinojunglelodge.com.br

(Envolverde/Agência Amazônia)

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