No mesmo período, o Inpe registrou em aumento no desmatamento de 69% no mesmo período
SÃO PAULO - O desmatamento na Amazônia Legal em julho - calculado por uma entidade independente do governo federal - ficou 71% menor do que no mesmo mês do ano passado. Segundo o Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 276 km² de floresta foram derrubados - em julho do ano passado, foram 961 km². Também houve redução quando são comparados os dois últimos períodos de 12 meses. De agosto de 2006 a julho de 2007, o desmatamento totalizou 5.331 km². De agosto de 2007 a julho de 2008, foram 5.030 km², uma queda de 6%.
Aparentemente, a redução contradiz os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registrou um aumento no desmatamento de 69% no mesmo período. Mas Adalberto Veríssimo, um dos responsáveis pelo estudo do Imazon, explica que o Deter também considera no seu cálculo áreas degradadas, mas com árvores em pé. O SAD, por outro lado, só soma áreas em que a cobertura florestal foi totalmente removida.
"Desde 2005, consideramos as áreas degradadas", afirma o coordenador do Programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano. Veríssimo afirma que o Imazon também prepara uma metodologia para cálculo das áreas degradadas. Mas considera importante divulgar os dois cálculos separados.
A avaliação precisa da área desmatada é feita pelo sistema Prodes no fim do ano. Paulo Adário, diretor do Greenpeace na Amazônia, acredita que os dados deste ano apresentarão um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
O diretor do Departamento de Políticas para Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, concorda que a soma será um pouco maior. Mas lembra que o ritmo do desmatamento caiu nos últimos meses.
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