quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Envolverde - Ministro defende alternativas econômicas sustentáveis na Amazônia


Por Lucia Leão, do MMA

O ministro Carlos Minc disse nesta quarta-feira (10) que está temeroso com uma possível aceleração no ritmo do desmatamento da Amazônia, especialmente em função do período de campanha eleitoral e da seca, que chega ao ápice na Região. Durante debate sobre "Políticas Públicas e o Futuro da Amazônia", promovido nesta quarta-feira (10) pela CNBB, Minc disse que está monitorando de perto a situação na floresta e ficou impressionado com a quantidade de focos de incêndio que viu durante sobrevôo que fez para uma fiscalização no Mato Grosso, na última terça-feira (9).

"Nós vimos muitos focos de incêndio e percebemos que o ritmo da fiscalização não é satisfatório. Atribuímos isso, em parte, ao período de campanha eleitoral. Ninguém quer multar, fiscalizar, apreender nessa época! Por outro lado, também precisamos acelerar os investimentos em atividades sustentáveis. Podemos fechar uma serraria em uma hora. Mas quanto tempo vamos precisar para criar cinqüenta empregos?", questionou Minc.

A falta de alternativas de atividades econômicas sustentáveis leva a população, mesmo de comunidades tradicionalmente extrativistas, a práticas criminosas como questão de sobrevivência. "Muitas vezes são os próprios habitantes das reservas extrativistas que desmatam para formar pastagens e cuidam do gado para ficar com um bezerro em cada três", constatou o ministro.

Durante debate, Minc defendeu o Fundo Amazônia, que ele acredita seja um mecanismo eficiente para promover os investimentos necessários para fortalecer a economia sustentável e informou que o Ministério da Justiça está finalizando o recadastramento das organizações não-governamentais que atuam na região para credenciar novos parceiros.

(Envolverde/MMA)

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