Por JOÃO DOMINGOS
BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou hoje a suspensão, por dois meses, do processo de análise do licenciamento ambiental para as obras da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). Nesse período, um grupo de trabalho - que reúne governo federal mais os órgãos ambientais, governos estaduais do Amazonas e de Rondônia e universidades federais desses Estados -, deverá propor um estudo da viabilidade ambiental do empreendimento.
O estudo deverá incluir como fazer para implantar sete florestas nacionais, já criadas, mas que ainda estão no papel, e mais três florestas estaduais na área. Caso contrário, se não estiver prevista a viabilidade do projeto, não sairá a licença. "Não somos e nem seremos o carimbador da irresponsabilidade. Essa estrada fica no coração da Amazônia. Se não tiver a garantia de preservação, acho que vai acontecer uma tragédia ambiental sem precedentes", disse o ministro.
Os governos estaduais do Amazonas e de Rondônia e algumas entidades ambientalistas defendem a implantação de uma ferrovia unindo as duas capitais, ao invés da rodovia. O argumento é de que haveria um menor impacto ao meio ambiente. Minc destacou, no entanto, que qualquer que seja a opção, a garantia ambiental será necessária, sem a qual não haverá empreendimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário