AP
Um aumento de 4°C, o pior cenário previsto, causaria a morte de metade das espécies da região, segundo IPCC
BRASÍLIA - O aquecimento global poderia matar metade das espécies de árvores da Floresta Amazônica até 2050, disse um especialista em mudança climática nesta quarta-feira, 29.
O aumento previsto no pior cenário, de 4°C, acabaria com metade das espécies de árvores da região, tornando a Amazônia muito mais seca e aumentando a umidade da região sul do País, disse Martin Parry, do Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática (IPCC).
Um aumento menor, de 2°C até 2050, eliminaria um quarto das espécies de árvores da floresta, disse aos repórteres.
Em seus relatórios preliminares de 2007 sobre o aquecimento global, o IPCC projetou que a temperatura média global, que aumentou 0,7° no último século, cresceria entre 1,1 e 6,4° neste século, dependendo de muitas variáveis, incluindo o crescimento populacional, uso de combustíveis e ações governamentais para conter as emissões.
Parry sugeriu que o pior cenário é o mais provável para a Amazônia, se o mundo não reduzir drasticamente as emissões de gases estufa.
"A margem para ação global sobre a mudança climática é extremamente apertada, as temperaturas e o nível dos mares estão subindo", disse. "Precisamos de uma liderança internacional forte para fazermos as mudanças necessárias, e o Brasil poderia contribuir para essa liderança."
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