Por DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguel-li Rosa, disse ontem no Rio que o Brasil poderia fixar uma meta numérica de 5% de redução no desmatamento na Amazônia, num prazo mais curto do que os quatro anos previstos pelo Plano Nacional de Mudança Climática. O plano do governo foi lançado à consulta pública nesta semana.
Pinguelli considerou o documento apresentado na semana passada um "passo importante", mas disse que é necessário "atacar alguns pontos com mais rigor" -especialmente as ações sobre o desmatamento e a matriz energética, que segundo ele poderiam ser mais enfáticas.
Uma das propostas discutidas ontem é a mudança das regras dos leilões de energia nova. O grupo defendeu a alteração no cálculo do Índice Custo/Benefício, usado para a definição dos vencedores. Segundo ele, o modelo atual estimula a geração termelétrica, com base em combustíveis fósseis, e não garante preços baixos. Isso porque a estimativa do tempo de funcionamento dessas usinas é subestimada, fazendo com que o custo pago pela energia supere o previsto no leilão. "Se for para pagar caro, melhor pagar caro pela energia eólica, que não emite gases."
As propostas do fórum serão encaminhadas ao governo até 31 de outubro.
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