Por EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa resposta à lista divulgada nesta semana pelo Ministério do Meio Ambiente -que incluiu assentamentos da reforma agrária no topo do ranking dos maiores desmatadores da Amazônia Legal- o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rolf Hackbart, determinou ontem uma "varredura" nos oito assentamentos citados no documento.
Em ofício encaminhado à superintendência do órgão em Mato Grosso, onde estão assentamentos que aparecem na lista, Hackbart pede que, num prazo de 90 dias, seja produzido um relatório com o levantamento de todas as "irregularidades" nesses projetos, criados entre 1995 e 2002.
No caso, as "irregularidades" estão relacionadas à atuação de grileiros dentro desses assentamentos e no aluguel de lotes lado a lado para o avanço da soja e da pecuária. O trabalho da superintendência também estará voltada ao georreferenciamento desses oito projetos e, a médio e longo prazos, num plano de recuperação das áreas degradadas.
Na semana que vem, Hackbart viaja a Cuiabá para assinar com o governo do Estado um termo para agilizar o licenciamento prévio ambiental dos 418 assentamentos federais em Mato Grosso, onde vivem 81 mil famílias.
"É uma resposta do Incra à lista do Ibama. Tem desmatamento nos assentamentos da reforma agrária, mas não são eles os que mais desmatam na Amazônia", disse ontem Hackbart.
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