Militância foi de liberação da maconha a sexo livre para preservação da Amazônia
Uma tribo interplanetária mudou a rotina de dois campi universitários, durante o Fórum Social Mundial. Com bandeiras distintas — que incluíam defesa dos palestinos, liberação da maconha e defesa do sexo livre como forma de preservar a Amazônia —, cerca de 133 mil pessoas, 15 mil delas acampadas, transformaram um trecho de Belém em uma versão politizada de Woodstock. Na marcha da maconha, na tarde de sábado, cerca de 200 pessoas faziam apelo ao presidente: “Lula, quando você vai liberar o THC?”. E chegaram a cruzar com o comboio do ministro da Justiça, Tarso Genro.
Um homem travestido de planta, com o corpo sujo de lama e uma planta fincada em terra sob a cabeça, protestava: — Em 1989, o Lula dizia que faria a reforma agrária e nada aconteceu. A gente tem que fazer na cabeça da gente mesmo — dizia o cearense Edelezildo da Silva.
Em clima de paz e amor, jovens com cartazes ofereciam “abraço grátis”.
Mas nem tudo era gratuito: para quem não queria percorrer a pé os três quilômetros que separavam a entrada do campus da Universidade Federal Rural dos prédios onde ocorriam os debates, táxis-bicicleta cobravam R$ 2. O ciclista Mário Rodrigues faturou ontem R$ 90.
O governo do estado gastou R$ 25 milhões com a organização do Fórum — para muitos, confusa. As inscrições levantaram R$ 2,5 milhões.
— A gente falha no detalhe, mas no geral foi um grande fórum — disse Cândido Grybowski, conselheiro internacional e fundador do FSM. (M.M. e S.A.)
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