sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Envolverde - Agricultura estuda projeto para zerar desmatamento causado pela pecuária
Por Roberta Lopes, da Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, disse quarta-feira (11/2) que sua pasta, em conjunto com outros ministérios, está finalizando um plano para reduzir a zero o desmatamento na Amazônia Legal causado pela pecuária.
O ministro falou do projeto durante o painel Amazônia: Opções para a produção rural sustentável no Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, que está sendo realizado desde ontem em Brasília.
Segundo Stephanes, o projeto está sendo discutido pelas áreas técnicas do ministério com a secretaria de Agricultura, as lideranças da agropecuária e os frigoríficos do estado do Pará.
“Estamos elaborando um projeto em conjunto, um projeto que possa levar o desmatamento a zero em razão da pecuária. Isso significa eliminar o fator pecuária como avanço do desmatamento. Esse projeto já está bastante avançado e em alguns nesses estará pronto e vai estabelecer prazos e metas”, explicou.
Para o ministro, “não faz sentido desmatar 5 mil hectares para colocar 5 mil cabeças de gado para gerar dois empregos.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que também participou do painel, disse que está acompanhando a elaboração do projeto e que irá assinar em março um pacto com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para que elas comprem carne de fornecedores que respeitem as leis ambientais.
“A posição do ministério é pelo desmatamento zero. Na nossa proposta nós vamos especificar oito medidas para recuperar a área degradada e vedar a expansão da pecuária em áreas reflorestadas. Esse pacto com a Abiec, vai ser pelo abate legal”, disse.
O ministro disse ainda que hoje são abatidas 40 milhões de cabeças de gado por ano, sendo que 25 milhões, quase 40% do total, tem o carimbo da vigilância sanitária enquanto o restante é ilegal. Além disso, algumas dessas cabeças de gado abatidas ilegalmente vem de áreas desmatadas.
(Envolverde/Agência Brasil)
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