Ampliar as fiscalizações, reforçar operações de combate à derrubada ilegal da floresta, financiar projetos para recuperação ambiental. Alguns dos tópicos sugeridos pelo ministro do Meio-Ambiente, Carlos Minc, ontem, em Brasília, na reunião com prefeitos dos municípios brasileiros que mais desmataram, repercutiram de maneira positiva no entender de prefeitos da região Norte de Mato Grosso.
Para a prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura, que esteve com o ministro juntamente com prefeitos de outras cidades onde houve muito desmates, o governo deixa de agir somente de maneira repressiva e passa a oferecer alternativas para que as cidades de Mato Grosso e Pará saiam da lista 'negra' dos devastadores. "Creio que o governo realmente fará ações concretas porque [antes] foram somente repressões, mas não oferecia nada em troca", declarou, ao Só Notícias.
Izaura considera que entre as principais propostas levantadas estão o apoio ao reflorestamento, incentivo à regularização fundiária, que podem iniciar em até noventa dias. "Agora haverá incentivo principalmente para recuperação de áreas degradas, para que o grande fazendeiro não precise desmatar, possa recuperar pastagens. Em Alta Floresta, não temos problemas de áreas sem documentacão, mas outras cidades sim e não conseguem crédito exatamente por isto", argumentou.
"Reduzimos em 75% o desmatamento e 90% os focos de queimadas, em 2008 comparação com 2007", acrescentou.
O encontro com prefeitos teve como pauta principal delinear as iniciativas do governo para combater o desmatamento. De Mato Grosso, dezenove cidades compõem a lista dos maiores desmatadores, entre Alta Floresta, Marcelândia, Juína, Confresa, Colniza, Peixoto de Azevedo, entre outros.
No entanto, muitos prefeitos alegam que o Governo Federal não oferece apoio para municípios. Este foi um dos principais discursos pelo prefeito de Nova Ubiratã, Osmar Rosseto. Gestores também acusaram ontem os assentamentos do Incra como responsáveis por parcelas de desmatamento na Amazônia.
Além das dezenove cidades de Mato Grosso no ranking, o Pará tem doze, Rondônia quatro e Amazonas uma. A relação completa, conforme o Ministério do Meio Ambiente, é a seguinte (por ordem alfabética):
1 Alta Floresta
2 Altamira (PA)
3 Aripuanã
4 Brasil Novo (PA)
5 Brasnorte
6 Colniza
7 Confresa
8 Cotriguaçu
9 Cumaru do Norte (PA)
10 Dom Eliseu (PA)
11 Gaúcha do Norte
12 Juara
13 Juína
14 Lábrea (AM)
15 Machadinho D´Oeste (RO)
16 Marcelândia
17 Nova Bandeirantes
18 Nova Mamoré (RO)
19 Nova Maringá
20 Nova Ubiratã
21 Novo Progresso (PA)
22 Novo Repartimento (PA)
23 Paragominas (PA)
24 Paranaíta
25 Peixoto de Azevedo
26 Pimenta Bueno (RO)
27 Porto dos Gaúchos
28 Porto Velho (RO)
29 Querência
30 Rondon do Pará (PA)
31 Santa Maria das Barreiras (PA)
32 Santana do Araguaia (PA)
33 São Félix do Araguaia
34 São Félix do Xingu (PA)
35 Ulianópolis (PA)
36 Vila Rica
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