quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Envolverde - Projeto transforma futuro do manejo florestal na Amazônia


Por Izabel Drulla Brandão, da Embrapa

O manejo florestal na região amazônica está vivendo um momento histórico de mudança de paradigma. A Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA) coordena um projeto inovador – Rede de Biomassa Florestal – que vai gerar o novo modelo a ser seguido nos próximos 30 anos para se manejar floresta natural e plantada.

O coordenador da Rede de Biomassa Florestal, pesquisador Silvio Brienza Júnior, informa que o novo rumo para exploração sistemática e recuperação de áreas degradadas na Amazônia implica a incorporação às atividades florestais de dois pontos principais: manejo baseado em grupos de espécies e reflorestamento.

"Fazer pesquisa e monitorar manejo a partir de grupos de espécies incluindo as que atingem diâmetros menores do que os atualmente previstos em lei é decisivo para otimizar o uso da floresta. E reflorestamento na Amazônia não pode mais ser visto como uma heresia no meio florestal, como era considerado há 30 anos", explica o pesquisador.

Brienza ressalta que o trabalho envolve também conceitos de inovação, determinantes, segundo ele, para que as pesquisas científicas aconteçam em sintonia com as necessidades do usuário.

O projeto prevê também a construção do Portal Florestal do Estado do Pará. O espaço virtual reunirá e disponibilizará na internet informações que, além de comunicarem à sociedade os resultados e atividades do projeto, poderão servir de subsídio para empresários, legisladores e formuladores de políticas públicas.

SEMINÁRIO

Sílvio Brienza apresenta em Belém, nesta quarta-feira, dia 11 (16h20min, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia), os vários projetos componentes da Rede de Biomassa Florestal, da qual fazem parte pesquisadores da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal Rural da Amazônia, além de representantes do setor privado e de organizações governamentais e não-governamentais ligadas ao setor florestal.

A apresentação do pesquisador faz parte da programação do seminário "Redes de pesquisa induzidas pelo governo do Estado do Pará". O projeto "Rede de `Pesquisa" do governo estadual, orçado em R$ 10 milhões, contempla cinco áreas consideradas prioritárias: pesca e aqüicultura; tecnologia da informação e comunicação; engenharia biológica; energias renováveis; eficiência energética e biomassa florestal.

(Envolverde/Embrapa)

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