Por Douglas Dinelli
Discutir e encontrar um novo modelo para a prevenção, controle e alternativas, economicamente sustentáveis, ao desmatamento na Amazônia foi o objetivo de uma rodada de quatro reuniões setorizadas que consultores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) realizaram de segunda-feira (9) até sexta-feira (13) na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
É o Plano de Prevenção, Controle e Alternativas ao Desmatamento (PPCAD), que o Governo do Pará discute desde setembro de 2008. A Sema é o órgão encarregado de coordenar as discussões, contando para isto com o apoio de consultores do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A participação da sociedade civil organizada e setores produtivos locais, chamados para apresentarem suas críticas e propostas ao plano, é fundamental, dizem os consultores.
Em um dos encontros em Belém, a consultora do MMA, Isabel Drigo, apresentou as idéias gerais do plano a um grupo de profissionais do setor florestal paraense, área de extrema importância no diálogo e colaboração de ações inovadoras a serem implementadas para enfrentar o desmatamento na Amazônia, mas, desta vez, com a necessidade de incluir na matriz alternativas econômicas. A ação do plano é uma iniciativa própria do Governo do Pará, fruto de várias articulações com o MMA, e da assinatura de um protocolo de intenções com organismos internacionais em 2008.
No caso do Pará, os recursos para a construção do plano virão da cooperação com o governo da Noruega. Mas, logo, os Estados amazônicos terão que ter seus planos aprovados para terem acesso às verbas dos fundos destinados a ajudar na redução dos atuais índices de desmatamento na região. “O objetivo do plano é ter ações que levem a concretizar alternativas que não provoquem o desmatamento. Temos condições de implementá-las e garantir que estas medidas cheguem até as comunidades”, explicou Isabel Drigo.
A envergadura das ações do plano envolve 14 ministérios do governo federal e, quando concluído, pretende ser um documento com medidas de caráter permanente a ser usado pelos governos estaduais.
A iniciativa de discutir com a sociedade, e aprovar o plano, é de interesse do Estado, a fim de proteger a floresta enquanto bem natural, sem perder de vista a necessidade de favorecimento às atividades econômicas, sustentáveis, para gerar emprego e renda. “Queremos encontrar, com essa série de discussões, a melhor alternativa com o menor custo e garantir a realização do plano para o desenvolvimento econômico deste Estado”, concluiu Drigo.
Os consultores a serviço do Ministério do Meio Ambiente também estão promovendo reuniões para apoiar planos de prevenção, combate e alternativas ao desmatamento da floresta em outros Estados da amazônia legal. No caso do Pará, o cronograma prevê que o plano estadual esteja pronto até abril deste ano.
Um comentário:
O problema na Amazônia no que tange a desmatamento está nesses 'Planos' que nunca saem de reuniões de custo altíssimo. A aplicação do que é discutido chega a no máximo 10% quando não tudo não passa de 'Plano'.
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