DA REDAÇÃO
Dois cientistas americanos que estudam a floresta amazônica ganharam na semana passada o Prêmio Fronteiras do Conhecimento da Fundação BBVA, da Espanha.
Thomas Lovejoy, diretor de Biodiversidade do Centro Heinz para a Ciência, e William Laurance, hoje no Instituto Smithsonian de Pesquisa Tropical, dividirão 400 mil (R$ 1,2 milhão) por suas pesquisas sobre a fragmentação da mata.
Em 1979, em parceria com o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Lovejoy fundou o projeto Biodinâmica de Fragmentos Florestais, nos arredores de Manaus. O projeto consiste em estudar diversos fragmentos de floresta para saber qual seria o tamanho mínimo para que a biodiversidade se mantenha. O estudo gerou até hoje mais de 520 publicações científicas.
Um dos cientistas que Lovejoy trouxe ao Brasil foi Laurance. Em 2001 ele assinou, no periódico "Science", um estudo mostrando que a pavimentação de estradas prevista pelo plano Avança Brasil, do governo FHC, levaria à perda de 42% da Amazônia até 2020. Laurance foi atacado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, ao qual o Inpa (onde trabalhava) é vinculado. O Avança Brasil foi arquivado pelo governo Lula.
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