quarta-feira, 29 de julho de 2009

Reservas Indígenas e áreas protegidas são devastadas em Rondônia

A exploração ilegal das florestas de Rondônia realizada por garimpeiros, pecuaristas e grileiros já devastou 38% de toda a cobertura florestal do Estado. Até mesmo áreas protegidas como Terras Indígenas e outras reservas já foram atingidas. Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostram que entre agosto de 2007 e agosto de 2008, a destruição da floresta do Estado aumentou 23% e mais de 90 km² de mata já foram destruídos dentro de áreas protegidas.

Unidades de Proteção Permanente (APP) e Terras Indígenas são as áreas mais devastadas, perdendo somente para as áreas particulares. A equipe do jornal Globo realizou visitas em algumas dessas áreas e encontrou uma fazenda dentro de uma reserva indígena. No local a mata já havia sido substituída por pasto. Outra reserva que possui grande problema com o avanço da pecuária é a Floresta Nacional do Bom futuro.

Algumas das pessoas entrevistas alegam que compraram a terra de grileiros sem saber que era proibido, mas há também quem afirme que sabia que a terra era da União, como o agricultor Eliseu que possui 200 cabeças de gado na floresta nacional e não pretende sair do local.

A Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau também sofre com a contínua devastação e o dono da maior fazenda ilegal dentro do território é um empresário, dono da empresa Ouro Preto, segundo informaram os funcionários ao jornal. Neste local os moradores sabem como funciona o sistema de exploração, que começa com a extração da madeira que abre caminho para a produção pecuária. Um dos funcionários da fazenda afirma que no local existem servidores públicos e empresários da região.

Os ocupantes possuem título de propriedade cedido pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), mas o documento é contestado pela Fundação Nacional do Índios. Até que a questão seja resolvida nenhuma árvore deveria ser derrubada, mas não é o que está acontecendo já que é possível encontrar diversos focos de derrubadas pelo caminho ou mesmo grandes áreas abertas que apontam a devastação da floresta.


Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

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