sábado, 11 de julho de 2009

OESP - Relevo permite que 13% da Amazônia seja ocupada

O IBGE também apresentou ontem o primeiro banco de dados digital sobre o relevo da Amazônia Legal. O trabalho mostra que as superfícies planas e os relevos de topos planos favoráveis à ocupação - desde que consideradas as condições de solo e a cobertura vegetal - correspondem a 13% do território.

"É possível definir uma política pública de ocupação da Amazônia focada nesses 13%. Não estou dizendo que é para ocupar os 13%, mas que, uma vez definida uma política pública, pode-se concentrá-la naquelas áreas onde o relevo é favorável", declarou o geógrafo Trento Natali Filho, da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do IBGE. "Portanto, sob o ponto de vista do relevo, há uma possibilidade de ocupação. Mas devem ser levados em consideração, necessariamente, outros elementos ambientais", acrescentou.

As formas predominantes são as de "dissecação", formações irregulares como colinas, morros, cristas e tabuleiros, que ocupam 73,78% dos cerca de 5 milhões de KM² da região. Do território dominado por relevo irregular, 16,26% é coberto por formas acidentadas, mais sujeitas à erosão e vulneráveis ao desmatamento - 3,7% sofreram algum tipo de intervenção humana. As planícies sujeitas a inundações temporárias (chamadas de acumulações) estão em 13,14% da região, sendo quase metade dessa área (7% do total) representada pela Planície Amazônica, formada pelos Rios Solimões, Amazonas e seus afluentes.

O Banco de Dados Digital de Geomorfologia da Amazônia Legal, disponível no site do IBGE, contém informações coletadas em 566 pontos de amostragem de campo sobre 16 tipos de formas de relevo (como morros e colinas), agrupados em 162 unidades de relevo (serras, planaltos, depressões e chapadas, por exemplo). A Amazônia Legal representa 59% do território brasileiro.

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