sexta-feira, 31 de julho de 2009

Ibama doa madeira para reforma de escolas rurais em Marabá


Marabá– Cerca de 250 toras retiradas ilegalmente da floresta amazônica — entre elas espécies de grande valor, como louro e jatobá, e imunes ao corte, como a castanheira — serão aproveitadas para o conserto de telhados e a fabricação de carteiras para alunos de escolas rurais de Marabá, no sudeste do Pará.

A madeira apreendida por fiscais do Ibama da Gerência Executiva em Marabá, com apoio da Operação Guardiões Bahia-Marabá, e doada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, também servirá para erguer pontes e construir casas para os desabrigados das enchentes deste ano na região.

Ao apreender as toras, o Ibama dá um prejuízo de imediato ao infrator e inibe mais ações criminosas contra o meio ambiente, como o corte de castanheiras, espécie que produz a castanha-do-Pará, importante fonte de renda para a população tradicional da Amazônia. “Ao fazer a doação, atendemos a um desejo da sociedade, que não aceita ver a madeira recolhida pelo Ibama apodrecer sem uso, mas sendo utilizada em benefício dela própria”, explica o gerente-executivo do órgão em Marabá, Weber Rodrigues Alves.

Os agentes de fiscalização estavam numa ação em Itupiranga, a 66 km de Marabá, quando avistaram as toras em meio ao pasto de uma fazenda de gado. O proprietário negou o corte das árvores, que eram de 18 diferentes espécies amazônicas. Mas, por ter em depósito madeira nativa sem autorização do órgão ambiental, foi multado em R$ 207 mil, de acordo com o artigo 47 do Decreto 6514/08. Ele tem prazo de 20 dias para recorrer.

A Guardiões Bahia-Marabá combate a extração, o desmatamento, comércio e transporte de madeira ilegal no sudeste do Pará. A operação, que começou no início de julho, prossegue por tempo indeterminado.


Crédito da imagem: Paulo Sérgio de Souza Almeida

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