quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pará ganha unidade de conservação em Afuá

A criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral em Afuá, no Parque do Charapucu, é o primeiro passo para que o Arquipélago do Marajó pleitei o título de "Reserva da Biosfera", outorgado pela Unesco.  Para formalizar a candidatura, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Pará pretende criar outras três unidades de conservação ambiental, até o final deste ano.  O assunto foi tema da palestra ministrada pelo diretor de Áreas Protegidas da Sema, Crisiomar Lobato, ontem à noite, no Sesc Boulevard.  A palestra marcou mais uma edição mensal do "Dia do Marajó", lançado em agosto do ano passado, uma iniciativa do Programa Viva Marajó, coordenado pelo Instituto Peabiru e o Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável.

Crisiomar Lobato expicou que, para este ano, a Sema irá elaborar o Conselho Gestor, o Plano de Manejo das comunidades do entorno do Parque do Charapucu e o Plano de Proteção da Área Ambiental, além da instalação de placas de identificação pelo parque.  Para o próximo ano, segundo o diretor, será implementada toda a parte de infraestrutura do espaço ambiental.  "A ideia é associar o Parque (do Charapucu) ao Afuá, considerada uma das sete maravilhas do Estado do Pará.  Fica a uma hora e meia de barco de Afuá para a entrada do parque.  Brinco que fica na esquina com a lógica do mundo, porque está localizado no oceano Atlântico com o Rio Amazonas, o maior do mundo em densidade aquática".

Para Crisiomar, a criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral representa a primeira ação concreta do Governo do Estado para que a Unesco reconheça o Arquipélago do Marajó como "Reserva da Biosfera".  O título beneficiria a comunidade local.  "São 65 mil hectares de parque.  (A criação) beneficiaria o ecoturismo, a pesquisa científica, a educação ambiental e projetos de educação sustentável.  Ou seja, melhor qualidade de vida para a população.  Ninguém vai morar no parque.  Então, o visitante pagará para morar nas comunidades e, assim, elas não precisariam destruir os ecossistemas do parque", frisou.

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