segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

OESP - Plano de defesa mira Amazônia e petróleo, diz Lula

Por Carmen Munari

REUTERS

SÃO PAULO - Ao apontar os motivos para a criação do plano de defesa Nacional, lançado esta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que o conjunto de medidas visa reorganizar a estrutura das Forças Armadas e da indústria de defesa do país, que está desmontada.

Ele mencionou as dimensões do Brasil, a necessidade de vigilância da Amazônia e as recentes descobertas de grandes reservas de petróleo como indicadores da necessidade da montagem de uma estratégia de defesa.

"Um país que tem a dimensão que tem o Brasil, um país que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, um país que tem a Amazônia para defender tem que montar uma estratégia de defesa, não pensando em guerra, mas pensando em se defender mesmo, em garantir o patrimônio", afirmou Lula no programa de rádio "Café com o Presidente".

Ele defendeu a renovação a indústria do setor e acrescentou que trata-se de um projeto de longo prazo. "Nós temos que reorganizar a nossa indústria de defesa, que está totalmente desmontada."

O presidente declarou que o projeto estava em gestação, mas era adiado por falta de recursos.

"Já há algum tempo a gente vinha discutindo a tentativa de reorganização da estrutura das Forças Armadas brasileiras, a reestruturação do próprio Ministério da Defesa, e sempre que nós discutíamos, a ausência de dinheiro fazia com que a gente fosse deixando para depois", disse, sem apontar o valor dos recursos para o plano.

Inicialmente previsto para sair em setembro, o plano estabelece projetos prioritários para as três Forças e propõe mudanças no regime de compras governamentais. Propostas que levaram ao adiamento do anúncio, por conta de divergências, ficaram fora do texto final, como a que garantiria o investimento de um percentual fixo do Produto Interno Bruto (PIB) no setor.

EUA DE FORA

No programa de rádio, Lula ainda fez comentários sobre o encontro de presidentes da América Latina e do Caribe realizado na semana passada na Bahia. Ele disse que o mais relevante do encontro de 20 presidentes e representantes de outros 13 países foi o fato dos Estados Unidos terem ficado de fora das discussões, pela primeira vez na história.

"A coisa mais importante que esse encontro trouxe foi a própria reunião em si, porque foi a primeira reunião que nós fizemos apenas com os países da América Latina e do Caribe, discutimos os nossos problemas", disse Lula.

Um comentário:

luiz pinelli neto disse...

O Grande Perigo !

Este assunto, pelo menos em nossa compreensão pessoal, é também relacionado ao Plano Estratégico de Defesa Nacional. Não bastam armas e equipamentos modernos para as nossas FAs, é necessário estar muito atento para a seguinte questão social de grande gravidade.
A Sociedade Brasileira, perigosamente displicente, não percebe o alto grau de corrupção administrativa e política que assola o País. E o que resulta dela, a certeza cínica da impunidade, basta que olhemos as notícias vinculadas pela mídia diariamente.
È muito rápido,da corrupção ao afrouxamento dos costumes, da extinção das crenças, dos ideais, da destruição da fé e da vontade, da desobediência civil à lei , do desrespeito à ordem, da perda do amor pátrio pelo solo, a vulgarização da bandeira e pela nação que vivemos, são as conseqüências negativas dos exemplos que vivenciamos diariamente. Diante deste quadro não há rearmamento e nem estratégia de defesa que resolva.

O Poder Legislativo e o Poder Executivo estão mergulhados na lama podre da corrupção. O Poder Judiciário é uma grande incógnita.

As nossas Instituições Militares são realmente uma grande e honrosa exceção. Não se contaminaram !!!
Afastadas no centro nervoso da administração pública, guardam um sábio e místico silêncio, depois do término do período ditatorial. Vemos hoje as nossas FAs se penitenciando, triste e ingloriamente, pelos erros cometidos por meia dúzia de cabeças doentes. As nossas FAs são Instituições Sagradas que devem ser respeitadas e amadas pelo Brasil, pois, são a Garantia de nossa Soberania Nacional, na versão mais clara e reluzente, apesar da ação criminosa das várias ONGs nacionais e internacionais que operam livremente em Território Nacional. Numa manobra de alta traição, previamente organizadas com estratégica, jogam a opinião pública brasileira contra suas próprias FAs, como se as outras nações não cometessem erros políticos.

O estímulo à corrupção desenfreada enfraquece, totalmente nossas forças militares de reação, quebra o ânimo patriótico do povo, prostitui a vontade férrea da sociedade, faz o Estado Brasileiro perder o respeito internacional por seus atos, abre as portas ao domínio dos povos estrangeiros que cobiçam e tramam contra nossas riquezas econômicas, nosso crescimento e, nosso fortalecimento como povo soberano.

Será que o estímulo à corrupção política e administrativa não será a arma mais letal desejada pelas potências “aliadas” que cobiçam acintosamente nossas riquezas descobertas e a descobrir.
Além de blindados nas variadas versões e calibres, aviões de caça, helicópteros armados, navios - patrulhas, submarinos, etc.. que, urgentemente, devem ser incorporados as nossas FAs é necessário atenção para a situação do País.
Portanto, em termos de Plano Estratégico de Defesa Nacional, a arma mais poderosa que possuímos, sem custar nada, é a opção do voto eleitoral. É a única forma de expulsarmos esta sórdida canalha para fora do Brasil. Que moral tem o povo brasileiro diante das outras nações para dizer um não histórico às suas pretensões inconfessáveis de pirata internacional. Que DEUS nos abençoe !!! Luiz