segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Envolverde - Desmatamento caiu nos 36 municípios da Amazônia que mais derrubaram a floresta em 2007


Por Luana Lourenço, da Agência Brasil

Para Minc, resultado do desmatamento na Amazônia mostra estabilização.

Brasília - Os 36 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2007 frearam as motosserras este ano, de acordo com análise do Ministério do Meio Ambiente, com base nos dados do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), divulgados na sexta-feira (28/11) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Entre agosto de 2007 e julho de 2008, esses municípios desmataram 4.897 quilômetros quadrados, cerca de 42% do desmatamento total verificado na Amazônia Legal. No período anterior, essa participação chegou a 54%. Dos 20 primeiros da lista dos campeões de devastação, apenas dois apresentaram aumento do ritmo do desmate este ano: Novo Repartimento, no Pará, e Juara, em Mato Grosso.

Na avaliação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a queda do desmatamento nesses municípios críticos é resultado de ações direcionadas, entre elas o embargo de propriedades rurais e restrição de crédito agrícola para produtores com pendências ambientais.

“Isso mostra que faz sentido concentrar esforços. O desmatamento tem caído nos municípios mais desmatadores por causa de uma política focada”, analisou.

Minc adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve reunir com os prefeitos dessas 36 cidades para negociar políticas de enfrentamento à derrubada da floresta. “O encontro vai acontecer no fim de fevereiro, início de março. Estamos preparando medidas de apoio à fiscalização, zoneamento, manejo florestal e financiamento”, listou.

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Para Minc, resultado do desmatamento na Amazônia mostra estabilização

Brasília - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse na sexta-feira (28/11) que o aumento de 3,8% do desmatamento na Amazônia entre agosto de 2007 e julho de 2008 pode ser considerado uma “estabilização”. Segundo Minc, o resultado ficou bem abaixo das expectativas do ministério para o desmatamento este ano.

“Todas as previsões eram de que o [resultado do] Prodes [Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal] ia explodir, ia inverter a tendência de queda verificada desde 2004. A gente esperava que o número fosse ficar entre 14 e 15 mil quilômetros quadrados”, disse ele. Segundo os dados divulgados na sexta, o desmatamento anual na região foi de 11.968 quilômetros quadrados.

Apesar da estabilidade, Minc disse que ainda não está satisfeito com os números. “O que eu quero é o desmatamento zero”. O ministro atribuiu a manutenção do patamar de desmatamento a medidas de controle e fiscalização da própria pasta, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Federal, além da restrição ao crédito para donos de propriedades irregulares imposta pelo Banco Central.(L.L.)

(Envolverde/Agência Brasil)

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