sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desmatamento cresce quase 1000% na Amazônia

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) registrou desmatamento de 175 km² de floresta em dezembro do ano passado.  Relatório da estimativa da instituição foi publicado ontem, com mapa que mostra os pontos de desmate que chegou ao "aumento expressivo de 994% em relação ao mesmo período de 2009.  Nesse mesmo ano, segundo o instituto, o nível de desmatamento chegou a 16 km².  O Estado do Pará está entre os que menos desmataram na região, com apenas 5% entre 2009 a janeiro deste ano.

O desmatamento acumulado no período de agosto de 2010 a janeiro de 2011, correspondente aos seis primeiros meses do calendário atual de desmatamento, totalizou 858 quilômetros quadrados.  Houve um ligeiro aumento de 3% em relação ao mesmo período anterior (agosto de 2009 a janeiro de 2010) quando a destruição da cobertura florestal somou 836 quilômetros quadrados.

Ainda conforme os dados do Imazon, no primeiro mês de 2011 (janeiro), o registro de desmatamento atinge os 83 km², aumento da ordem de 22% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram devastados 68 km² de floresta amazônica.

No entanto, segundo o Imazon, esses números podem estar distorcidos, afinal, apenas 30% da região foram monitorados.  O restante, cerca de 70%, estava encoberto por nuvens, o que prejudica análise mais acurada, sobretudo nos estados do Pará, Acre e Amapá.  Nesses pontos da Amazônia, acrescenta o boletim da instituição, mais de 80% da cobertura florestal estiveram encobertos por nuvens.

Ainda no boletim divulgado ontem, o Imazon mostra 541 km² de florestas degradadas ou parcialmente destuídas em dezembro de 2010.  Já em janeiro deste ano, esse número caiu para 376 km².  Todavia, esses dados são superiores quando comparados com o ano de 2009.

O desmatamento detectado no Pará, no entanto, foi menor possivelmente devido à densa cobertura de nuvens.

Em janeiro de 2011, a devastação foi maior em Mato Grosso, com 57%.  O Estado foi seguido do Pará, com 20%, e Rondônia, com 18%.  O restante ocorreu no Amazonas (4%) e Roraima (1%).

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que faz o levantamento oficial da destruição da floresta amazônica, já indicavam um aumento da devastação no fim do ano passado, em comparação a 2009.

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