sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Inventário sobre florestas é mais um avanço na política de meio ambiente, diz ministra

O Serviço Florestal Brasileiro lançou ontem (16) o Inventário Florestal Nacional, que vai levantar dados das florestas do país para construir um retrato geral dessas áreas.  Até o ano que vem, equipes de pesquisadores, estudantes e engenheiros florestais vão percorrer 20 mil pontos amostrais.  Os principais aspectos a serem analisados são: o diâmetro e a altura das árvores, o número de árvores com diâmetro acima de 10 centímetros, a condição fitossanitária (saúde) das árvores, o tipo de solo, a quantidade de matéria orgânica morta, os vestígios de exploração florestal e o tipo de relevo.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o mapeamento vai dar subsídios para a elaboração de políticas públicas do clima, de biodiversidade e de uso sustentável das florestas.  “Isso vai permitir que a gente conheça não só a nossa biomassa aérea e subterrânea, mas que conheça os estoques de carbono, o status de conservação da biodiversidade na parte de flora.  Então, é mais um avanço na política nacional de meio ambiente.  O inventário é instrumento absolutamente estratégico para um país como o Brasil”, afirmou a ministra.

O inventário, que será feito a cada cinco anos, também vai coletar informações sobre as famílias que vivem a até 2 quilômetros do ponto de amostragem.  O questionário vai avaliar, entre outras coisas, o uso ou não de produtos madeireiros (óleos, cascas e cipós, por exemplo), percepção pessoal sobre as florestas e o conhecimento sobre legislação florestal.

Para o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, conhecer o estado das florestas brasileiras é essencial para analisar o impacto das mudanças no clima.  “O mundo inteiro quer saber o que está acontecendo nas florestas em função das mudanças climáticas.  As florestas são uma das respostas ao processo de mudança climática.  Sabendo a qualidade e a quantidade das florestas, podemos saber a biomassa, o carbono estocado, e tudo isso é fundamental para termos boas políticas públicas no país”, explicou Hummel.

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