domingo, 2 de março de 2008

OESP - Em pauta, o futuro que o Brasil planta para si mesmo

Há espaço e necessidade de se formular um novo conceito de desenvolvimento para a Região Norte

Um estratégia de desenvolvimento para uma região gigantesca e pouco cuidada pelo poder público por décadas seguidas. Caminhos a serem experimentados e seguidos. Comando, controle e uma economia independente do desmatamento. Uma miríade de problemas e soluções à altura da Amazônia foi debatida na quinta-feira, em São Paulo, em um fórum organizado pelo Estado no Museu Brasileiro da Escultura.

O evento abriu a exposição Amazônia Sem Retoques, com fotografias produzidas para a revista Grandes Reportagens - Amazônia, publicada no dia 25 de novembro e ainda à venda nas principais bancas da Grande São Paulo. A mostra é patrocinada pelo banco Bradesco.

O fórum contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do secretário do Meio Ambiente do Amazonas, Virgílio Viana, do ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan, do diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, e dos jornalistas Paulo Sotero e Washington Novaes, colunista do Estado. Confira algumas idéias apresentadas.

MARINA SILVA, MINISTRA DO MEIO AMBIENTE

“Viabilidade econômica tem de comportar a variável ambiental e a variável ambiental deve comportar a questão do desenvolvimento econômico. Se a equação não fecha, alguma coisa está errada.”

“Critérios de sustentabilidade devem se fazer presentes não apenas no ministério que tem essa função institucional mas também no Ministério da Agricultura, dos Transportes, de Minas e Energia, Educação, Saúde. Se nós formos capazes de plasmar as nossas ações a partir desses conceitos, nós estaremos diminuindo, e muito, os conflitos que são gerados mediante a disputa pelo uso dos ativos ambientais.”

VIRGÍLIO VIANA, SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DO AMAZONAS

“Nós temos uma enorme competência de empreendedorismo que precisa ser direcionada e sensibilizada para a Amazônia. Nós temos capital e capacidade. Só que, como o empresariado brasileiro não conhece a Amazônia, ele não usa as oportunidades de negócio.”

“Tenho uma preocupação muito grande, como cientista e militante, em relação às mudanças climáticas. Estou convencido de que meus filhos não terão um planeta tão bom quanto eu tive. E tenho uma preocupação muito grande sobre o futuro da Amazônia associado às mudanças climáticas.”

LUIZ FERNANDO FURLAN, EX-MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO

“Os brasileiros podem sim gerenciar o processo, preservando, conservando, fazendo com que seja assegurada para as gerações futuras um mundo mais positivo do que se imagina hoje.”

WASHINGTON NOVAES, JORNALISTA

“O Brasil ainda não tem uma estratégia para a Amazônia - aliás, não tem estratégia para o que deveria ser o centro de sua política.”

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