Por Thais Iervolino
Se houver um desmatamento maior do que 40% da floresta, o bioma Amazônia não poderá mais ser mais recuperado. É o que constata Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Há um limite para a Amazônia: 40% de devastação de suas florestas. Se isso for ultrapassado, o clima muda. Haverá uma mudança permanente. Outro limite é o aquecimento global: pode-se chegar até 3,5ºC. Já chegamos a 0,8º”, afirmou o pesquisador, durante sua fala na Vigília Amazônica, que aconteceu no Senado, em Brasília, até a madrugada de hoje (14).
Na última parte da vigília, participaram também Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental; Paulo Barreto, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e Marcos Mariani, presidente da organização Preserve a Amazônia. “O primeiro problema ambiental do mundo é a Amazônia. A facilidade de acesso é um dos principais pontos que induzem a devastação. Outra questão é a que a legislação não está sendo cumprida”, alertou Mariani.
Vigília
Pedida ao Senado pelo movimento "Amazônia para Sempre", liderado pelos atores Christiane Torloni, Juca de Oliveira e Victor Fasano, a Vigília pela Amazônia teve inicio às 19h30 de quarta-feira (13) e terminou às 2h15 da madrugada de quinta-feira (14).
Realizado no Senado Federal, em Brasília, o evento contou com a participação de ambientalistas e parlamentares empenhados em debater as atuais ameaças à Amazônia, a importância do bioma e o avanço de iniciativas sustentáveis na região. Seu objetivo foi chamar a atenção da opinião pública para a necessidade de conservação da floresta.
Durante a ocasião, foi entregue a senadora Marina Silva entregou ao presidente do Senado José Sarney e ao presidente da Câmara, Michel Temer, os projetos prioritários que interessam à Amazônia.
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