O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse há pouco, durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), que o Brasil estabeleceu como meta geral a redução em 70% o desmatamento até o ano de 2017. Esse objetivo, acrescentou o ministro, enfrentou resistência por parte de algumas autoridades públicas, mas acabou sendo aceito como meta, mesmo porque é fato científico que as queimadas são a maior contribuição do Brasil as emissões de gás carbônico, representando 75% do total das emissões brasileiras. E isso é tanto mais grave, acentuou o ambientalista, porque mais da metade das queimadas no Brasil são de florestas nativas e não de árvores oriundas de reflorestamento.
O ministro também declarou que o plano de redução de desmatamento somente será atingido com o envolvimento dos governos estaduais, dos empresários e de cada cidadão. Ele listou dez medidas recentes e de futuro que estão sendo empreendidas pelo governo para efetivar esse intento, como: a redução, nos últimos 11 meses, de 45% do desmatamento da Amazônia; decisão do Conselho Monetário Nacional de cortar a concessão de crédito, desde 1º de julho de 2008, aos agricultores que estão irregulares com as normas ambientais; a intensificação das ações de fiscalização em acordos com a Polícia Federal, a Procuradoria da República e o Ministério da Justiça, para combate a madeireiras irregulares, entre outras.
Durante sua explanação, Carlos Minc fez uma pausa para cumprimentar a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, presente à reunião. "Agora eu estou vendo o que a senhora passou lá, estou vendo o que é bom pra tosse, tentando resistir com dignidade às tempestades e tormentas", falou Minc para Marina.
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