Os meteorologistas se mostram otimistas em relação à diminuição dos focos de queimada a partir do início do mês que vem em todo o Pará. De acordo com o meteorologista da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Paulo Guimarães, não é possível afirmar que a redução dos focos de incêndio vai acontecer logo mês que vem, a certeza é apenas que o período de chuvas está próximo, por causa da formação de nuvens no extremo Sul do Pará. A diminuição das queimadas, então, dependeria da coincidência entre chuvas e locais onde existem focos de incêndio.
"A massa de ar seco ainda predomina na região. Com a constância das chuvas, o que deve acontecer do final de outubro até novembro, é provável que o surgimento de novos focos diminua significativamente, mas será um processo gradativo", avalia.
Ele comenta ainda que o fogo, além de trazer prejuízos para o meio ambiente, atinge de forma negativa a economia, por meio da atividade pecuária e agricultora. "Com o empobrecimento do solo e a devastação do campo, é necessário providenciar outro tipo de alimentação para o gado. Observamos também que (o fogo) afeta a produção de leite e de alimentos da roça, pois a plantação é destruída pelas queimadas, ou novas despesas são geradas por conta dos incêndios", encerra Guimarães.
O número de queimadas começou a crescer a partir do mês de junho, quando 85 focos de incêndio foram identificados. Em julho, a quantidade saltou para 940. Em agosto, os focos de incêndio somaram 6.061. Em todo o mês de setembro do ano passado, foram registrados 3.218 focos, 2.669 menos que a média monitorada este mês, a uma semana do fim do período.
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