Projeto piloto desenvolvido na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) de Mamirauá pode transformar o Amazonas em um dos maiores produtores de carne e pele de jacaré. A proposta de expansão dos trabalhos na área foi apresentada durante o Encontro Internacional de Especialistas em Crocodilos, realizado em Manaus, durante esta semana.
Apesar da abundância de boa parte da população de jacarés concentrada no Amazonas, o aproveitamento econômico das espécies ainda não é o ideal. Um dos desafios deste ponto seria o comércio ilegal de carne e pele do animal. Para trabalhar essa área, há sete anos são desenvolvidas tecnologias para a conservação de espécies como o jacaré açú e o tinga, em Mamirauá. Um trabalho que envolve moradores de cinco municípios do interior do Amazonas.
O abate do jacaré foi legalizado desde 2003, e desde 2006 a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável monitora os trabalhos para o manejo científico e comercial dos animais. Em alguns anos, o projeto piloto de Mamirauá deverá ser expandido para outras partes do Amazonas. A proposta é transformar o Estado num dos maiores produtores de carne e pele do animal.
Além de gerar renda e desenvolvimento para comunidades ribeirinhas, o manejo de jacarés pode resolver o problema da superpopulação de répteis. Na época da vazante, são comuns registros de ataques de jacarés a pessoas das comunidades. De acordo com a pesquisadora Sônia Canto, o jacaré açú, que pode chegar até seis metros de comprimento é o que mais tem feito vítimas na região. A interferência humana em áreas de superpopulação de répteis tem sido uma das causas do aumento de ataques.
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