Estado devastou 24 Km2 durante o mês. Em julho, corte foi em 35 Km2 de área, o desmatamento vem caindo em Mato Grosso. O dado mais recente que comprova a afirmativa é do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Segundo a ONG, em agosto o Estado desmatou 24 quilômetros quadrados (km²) de vegetação. Em comparação ao mês anterior, julho, quando foram destruídas 35 km² de área, Mato Grosso registrou redução de 31,5% no índice de desmatamento.
Em toda a Amazônia, 210 quilômetros de vegetação deixaram de existir em agosto. O Pará foi o estado que mais desmatou, com 68% de contribuição. Em seguida aparecem Mato Grosso (11%), Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).
A degradação florestal por conta da atividade madeireira ou pelo uso ilegal do fogo é ainda um problema a ser resolvido no Estado. De acordo com o Imazon, em julho, a pressão na floresta devastou 51 km². Em agosto, a destruição atingiu a incrível marca de 711 km². As queimadas foram intensas em agosto. Satélite de referência em incêndios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), NOOA 15, contabilizou apenas no referido mês 8.359 focos de incêndio.
A atividade madeireira é a base econômica de 50 municípios do Estado, segundo o Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira). O problema é que a atividade também avança de forma ilegal em áreas de proteção ambiental. Em Aripuanã (distante a 1.002 quilômetros de Cuiabá) aldeias indígenas da região têm sido invadidas por madeireiros. A Operação Arco de Fogo tem mantido efetivo de homens da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal,Ibama e Funai para coibir os ilícitos ambientais. Na região, 12 pessoas já foram presas. A madeira retirada das terras indígenas será leiloada pela Funai.
Dos dez municípios que mais desmataram em agosto, Aripuanã foi o único de Mato Grosso a aparecer na lista. Na nona posição, o município perdeu 4,3 km² de vegetação. Em relação às queimadas, Mato Grosso pretende prorrogar mais uma vez o período proibitivo de queimadas. O pedido já foi encaminhado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente ao governador Silval Barbosa. Pela proposta, a proibição que terminaria hoje pode se estender até dia 15 de outubro.
Os satélites do instituto monitoraram todo o Estado, sem sofrer nenhuma interferência de nuvens. A reportagem entrou em contato por várias vezes com o secretário da pasta ambiental de Mato Grosso, Alexandre Maia, para comentar os números, mas ele não foi encontrado.
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