sexta-feira, 18 de março de 2011

Vaga de Bertin no consórcio de Belo Monte pode ser ocupada por mais de uma empresa

Sabrina Craide

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem (17) que a vaga da Bertin no consórcio que vai construir a Usina Hidrelétrica de Belo Monte poderá ser ocupada por mais de uma empresa. A Bertin tinha 9% de participação no consórcio e desistiu de participar do empreendimento.

“O numero de pretendentes se ampliou, há outros empresários que desejam assumir essa posição”, afirmou o ministro. Ele disse que a vaga será dada para a empresa que oferecer as melhores condições para participar do consórcio. Lobão assegurou que a licença do empreendimento não deverá atrasar.

De acordo com Lobão, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Vale devem se reunir nos próximos dias para chegar a um acordo sobre a dívida da empresa com o pagamento de royalties da mineração. “O Agnelli [Roger Agnelli, presidente da Vale] falou comigo ontem [16] e confirmou a reunião com DNPM para chegar à conclusão claras. Ele está pronto para pagar o que possa dever, há apenas um desencontro na interpretação da lei do Cefem”, disse Lobão, referindo-se ao pagamento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cefem)

O ministro garantiu que o governo vai defender suas posições em relação ao assunto. “Depois desse entendimento, se não chegarmos a um consenso, vamos discutir na Justiça. O governo defenderá as suas posições e acho legítimo que a Vale defenda as suas.”

Ele disse também que poderá haver um aumento do preço do minério de ferro por causa do terremoto e do tsunami no Japão. “Houve esse desastre lastimável, será necessário a reconstrução de uma grande área do Japão. Essa reconstrução exigirá, sobretudo, minério de ferro para poder fazer as obras. Imagino que o preço possa se elevar um pouco.”

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