São Félix do Xingu - O Ibama realiza desde o dia 21 de outubro a Operação Guardiões da Amazônia - Goianos IV em São Félix do Xingu, no sul do Pará, município líder em desmatamentos no estado. Neste período, o órgão ambiental federal multou em R$12,3 milhões os responsáveis pela destruição de 1,9 mil hectares de florestas na região. Juntos os desmates equivalem a três vezes o tamanho do bairro de Copacabana, um dos mais populosos do Rio de Janeiro. Cerca de 25% das propriedades também fizeram queimadas após o corte das árvores. Além das multas, os autores dos crimes ambientais sofreram embargo das áreas desflorestadas. Os fiscais do Ibama fiscalizam principalmente os desmatamentos indicados pelas imagens de satélite do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a Amazônia Legal. Com o apoio do helicóptero Ibama V, os agentes chegam às áreas, muitas vezes isoladas, onde a floresta está sendo convertida ilegalmente em pastagens.
Além do desmatamento, as queimadas também estão no alvo dos agentes federais. A região foi uma das que mais fizeram uso do fogo sem autorização ambiental este ano. No auge da seca, em agosto, o município de São Félix respondeu sozinho por 30,6% dos focos de calor registrados no Pará (19. 727 dos 64.443). Até esta sexta (05/11), a operação Guardiões da Amazônia - Goianos IV multou diversas propriedades por queimadas ilegais em áreas que totalizam 590,2 hectares de lavouras ou pastagens. Os autores foram penalizados em R$665,8 mil pelo crime ambiental. Este resultado se soma aos cerca de R$ 65 milhões em multas aplicadas durante a Operação Hefestos, que combateu queimadas entre os meses de agosto e setembro no sul e sudeste do estado. Pecuária avança sobre a floresta
São Félix do Xingu lidera os desmatamentos no Pará, segundo o mais recente relatório do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Inpe.
De agosto de 2009 até agosto de 2010 o município destruiu 15,9 mil hectares de florestas, extensão equivalente a metade de Fortaleza, capital do Ceará. Grande parte da mata nativa primária ou em regeneração é destruída para implantar fazendas de gado de corte.
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