Brasília - De 2004 para cá, o Brasil conseguiu reduzir em mais de 70% a taxa de desmatamento da Amazônia, usando ferramentas como as imagens de satélites e as operações de fiscalização. Por causa desse sucesso, 12 latino-americanos vieram apreender com o Ibama e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe a monitorar florestas tropicais.
Há 25 Anos a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Japonesa (JICA) promovem cursos sobre os mais variados temas para diversos países no âmbito do Programa de treinamento e capacitação de terceiros países (TCTP).
Os latinos participaram da primeira turma do Curso Internacional de Monitoramento de Florestas Tropicais, que até 2012 atenderá especialistas de 50 países da América Latina, do Leste Asiático, da África e da América Central no âmbito do TCTP. "O curso foi muito interessante e a tecnologia ensinada é bastante replicável na Bolívia", afirmou o participante Daniel Spinoza.
O objetivo do projeto é desenvolver a capacidade dos países beneficiários no uso do sistema de monitoramento florestal do INPE e do software TerraAmazon e, assim, atingir a autonomia de gerar e analisar dados relevantes para a administração dos próprios recursos naturais e utilizar essas informações, como é feito pelo Ibama no Brasil.
O Ibama utiliza sistemas de detecção de desmatamento na Amazônia há aproximadamente 30 anos e durante os últimos 10 anos intensificou o programa de capacitação corporativa em geoprocessamento aumentando a capacidade dos analistas ambientais em utilizar os dados dos sistemas de monitoramento por satélite na fiscalização em campo.
"O nosso país tem o melhor sistema de monitoramento das florestas tropicais no mundo", orgulha-se o Coordenador Geral de Monitoramento Ambiental do Ibama, George Porto. Com 60 funcionários, o CSR tem papel importante na consolidação do uso das tecnologias de geoprocessamento e sensoriamento remoto para o monitoramento das florestas tropicais.
Florestas
As maiores extensões de florestas tropicais são encontradas atualmente na América Latina, no oeste da África Equatorial e no Sudeste da Ásia, estando a maior porção contínua de floresta tropical na Bacia do Rio Amazonas.
A maior parte das nações destas regiões faz parte dos chamados países em desenvolvimento, o que os torna mais dependentes dos recursos vindos das florestas e esta situação provoca desmatamentos das florestas. A grande dificuldade atual é obter estimativas precisas sobre a taxa de perda de floresta que ocorre em cada um destes países. No combate ao avanço do desmatamento, as técnicas de sensoriamento remoto tem sido uma forma eficiente para quantificar a perda de floresta.
O INPE e o IBAMA, executores do projeto de capacitação dos estrangeiros, possuem extensa experiência no monitoramento de florestas tropicais, e trabalham em parceria no combate ao avanço do desmatamento.
(Envolverde/Ibama)
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