DE MANAUS - A Polícia Federal do Pará desmontou ontem um esquema de fraudes em documentos dentro da Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) que servia para facilitar o desmatamento ilegal da floresta amazônica.
Sete acusados, sendo três mulheres, foram presos em Belém, e mais um outro em Fortaleza (CE). Um acusado está foragido da polícia.
Entre os presos na ação, chamada Operação Térmita, quatro são servidores da secretaria. Eles são acusados dos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, peculato e concussão.
A PF apontou como líder do esquema o engenheiro agrônomo Edson Carvalho Brasil. Ele, que está detido em Belém, era o responsável pelas vistorias nas madeireiras e pela fiscalização nas áreas de extração de madeira.
Desde 2009, a polícia monitorava o grupo. Os outros acusados são despachantes, responsáveis pela emissão de documentos das madeireiras na Sema. Segundo a PF, o grupo fraudava os documentos de vistorias, as licenças e os cadastramentos das empresas.
De acordo com a investigação, cada documento fraudado rendia o grupo de servidores de R$ 5.000 a R$ 10.000. A polícia não estimou o total arrecadado por eles com as fraudes nem o total da área desmatada ilegalmente no Pará.
O governo do Pará não comentou a prisão dos servidores até a conclusão desta edição. A advogado de Edson Brasil não foi localizado ontem.
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