Proteção - Cobrança pelo uso do recurso é essencial para a preservação, diz pesquisador
A cobrança pelo uso de recursos hídricos e fiscalização desse consumo é uma das formas para preservação da água já utilizados em bacias hidrográficas brasileiras. Implantado inicialmente no rio Paraíba do Sul, entre 2000 e 2003, o instrumento ainda não é utilizado nas águas da Amazônia, apesar da cobrança pela proteção de todo o ecossistema da região. Além de conservar a integridade das bacias hidrográficas, o recurso pode gerar receita aplicável no desenvolvimento das áreas próximas.
O doutor em economia Philipp Hartmann, que é alemão, lançou o livro "A cobrança pelo uso da água como instrumento econômico na política ambiental". O trabalho de 500 páginas foi a tese de doutorado dele na Alemanha e foi traduzido para português brasileiro. Ele esteve em Belém para lançar a publicação na última terça-feira, 23. Na opinião dele, é necessário que a população se conscientize da importância da preservação das águas. A cobrança pelo uso de recursos hidrográficos é um dos melhores instrumentos.
"O uso da água deve ter custos, pois causam impactos ecológicos e econômicos, então é justo cobrar. Já passou o tempo em quer se dizia que a água era um bem abundante, público e livre para uso. Porém, o custo para esse uso não é alto observando o dano causado por esse consumo e essa é uma crítica que faço no livro. Na Amazônia ainda não se cobra. Porém, já é hora de as pessoas conscientizarem de que é preciso preservar o meio ambiente. Tanto os governos, como as empresas e a própria população. Espero que o livro tragar boas repercussões e sirva para se repensar e discutir a gestão da água", comenta Hartmann.
O livro pode ser baixado gratuitamente pelo site http://www.sustentavel.inf.br/.
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