Dando sequência a programação do primeiro dia da I Reunião de Acompanhamento e Avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), o Madeiras da Amazônia foi o terceiro do grupo Ecologia e Meio Ambiente.
Na tarde desta terça-feira (23), o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) - Madeiras da Amazônia apresentou o trabalho que vem realizando e os resultados já alcançados. Os objetivos, resultados dos trabalhos e análises de processos foram apresentados pelo coordenador do Instituto, Niro Higuchi e o vice-coordenado, Estevão Monteiro de Paula, sob a avaliação de Vera Imperatriz da Universidade de São Paulo (USP), Joaquim Machado da Universidade de Campinas (Unicamp) e Adolfho José Melfi do Instituto Argentino de Oceanografia.
O INCT- Madeiras da Amazônia movimenta e envolve cinco coordenações do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), entre elas a Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical (CPST), Coordenação de Pesquisas em Produtos Florestais (CPPF), Coordenação de Pesquisas em Ecologia (CPEC), Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas (CPCA) e a Coordenação de Pesquisas em Botânica (CPBO).
O Instituto tem buscado consolidar o manejo florestal sustentável na Amazônia, através da exploração da floresta primária em faixas com o menor impacto ambiental possível, de tratamentos silviculturais, da realização de um inventário de insetos e plantas, do desenvolvimento tecnológico de processamento de madeiras da Amazônia, de produtos alternativos para aproveitamento de resíduos de indústrias madeireiras e de técnicas inovadoras para manufatura de produtos de madeira de alta qualidade e maior valor agregado.
"Se nós formos comparar a produção de madeira na Amazônia e o desmatamento, vemos claramente uma co-relação entre ambas. A produção de madeira na Amazônia é altamente predatória. 68% da produção de madeira vem do corte ilegal e apenas 25% vem do corte legal. Temos neste INCT dois grandes grupos relacionados, um de manejo florestal e o outro de tecnologia da madeira. Se não melhorar as tecnologias da madeira, não teremos nunca um manejo florestal sustentável. Nosso grande desafio é melhorar o rendimento da floresta", comenta Higuchi.
Além do Inpa, o Madeiras da Amazônia foi idealizado e conta com a parceria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Desde sua implantação, vem trabalhando com indústrias madeireiras, como a Precious Wood Amazon (Mil Madeireira) no município de Itacoatiara (AM), distante à 270 Km de Manaus, e com a comunidade em geral, através de vários projetos, dentre eles, um de marchetaria.
"Temos várias iniciativas que começaram dentro do Madeiras da Amazônia, hoje microempresários de diferentes seguimentos como a Amazon Rose e a produção de biojóias, a Alô Som da Amazônia que trabalha com a fabricação de microfones de madeira e a Puro Amazonas, empresa de instrumentos musicais", ressalta Estevão.
(Envolverde/Inpa)
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