Prefeitos de 135 cidades ao redor do mundo assinaram no domingo um pacto voluntário para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e outras medidas para lidar com as mudanças climáticas, um importante marco antes da conferência climática da ONU que inicia na próxima semana.
O acordo foi fechado em um encontro direcionado à discussão de questões econômicas e sociais na Cidade do México e contou com a participação de cidades como Curitiba, Buenos Aires, Bogotá, Joanesburgo, Los Angeles e Paris.
As cidades terão que publicar anualmente um relatório com o progresso das suas ações para o Carbon Cities Climate Registry (CCCR) localizado em Bonn (Alemanha).
Cada cidade "terá que registrar seus dados climáticos (compromissos e desempenho) no memorando climático da cidade" durante os próximos oito meses, comentou o presidente da ONG mexicana Fundação Think Gabriel Sanchez segundo a AFP.
O prefeito da cidade mais poluída do mundo, a capital do México, Marcelo Ebrard anunciou na semana passada uma meta de redução das emissões de gases do efeito estufa de 14%.
Ele comentou durante o encontro que um dos componentes críticos para garantir o sucesso da iniciativa é a disponibilização de recursos financeiros.
"Os prefeitos acreditam que se os recursos financeiros estiverem disponíveis através de transferências dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento, uma porção significativa deste dinheiro deve ser repassado para as cidades e governos locais para implementar programas climáticos", enfatizou.
O acordo segue o modelo da iniciativa de governadores chamada R20, Regiões de Ação Climática, lançada na semana pelo governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger. A missão desta iniciativa é desenvolver e executar projetos de baixo carbono e de energia verde através da cooperação de governos subnacionais ao redor do mundo.
Cidade Verde
Durante o encontro ir divulgado o Latin America Green City Index (Índice de Cidades Verdes da América Latina), no qual Curitiba ficou em primeiro lugar.
A capital paranaense ficou à frente de Buenos Aires, Santiago, Medellín, Bogotá, Quito, Guadalajara, Monterrey, Puebla, Cidade do México, Lima, Montevidéu, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
O estudo na América Latina envolveu cidades de oito países e permitiu avaliação de itens como transporte, qualidade do ar, energia e emissões de gás carbônico, coleta de lixo, saneamento, água, gestão ambiental e uso do solo.
(Envolverde/Carbono Brasil)
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