quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Declaração para a biodiversidade é aprovada em Nagoya

Reunidos na cidade de Nagoya, no Japão, mais de 500 representantes de cidades e governos locais de todo o mundo, entre eles a Prefeitura de Manaus, aprovaram, na última terça-feira (26) a Declaração de Aichi-Nagoya de Cidades e Governos Locais para a Biodiversidade. No documento, constam as propostas que serão apresentadas por Manaus, versando sobre questões sensíveis à realidade amazônica no contexto da conservação da biodiversidade tais como: gestão de florestas, preservação do ecossistemas como estratégia de proteção dos recursos hídricos e de provisão de água potável e defesa da saúde humana uma vez que desequilíbrios no ecossistema podem levar a disseminação de doenças como a malária.

Agora, o documento será levado a sessão de alto-escalão das Partes Signatárias da Convenção da Diversidade Biológica que se reúne na próxima quinta-feira (28). O evento é intitulado Cúpula de Cidades para a Biodiversidade - Governos Locais atuando para a Biodiversidade, associado à 10ª Conferência das Partes para Convenção da Diversidade Biológica (CDB).

A declaração é o principal passo político dado pelas autoridades locais desde o reconhecimento, dado oficialmente na última COP 9 em 2008, da necessidade e utilidade do engajamento dos governos locais no cumprimento dos objetivos da Convenção da Biodiversidade.

O presidente mundial do ICLEI-Governos Locais para a Sustentabilidade, David Cadman, ressaltou a importância que este novo momento tem para a ação global para a Biodiversidade uma vez que os governos nacionais ainda não conseguiram alcançar os objetivos postos pela Convenção. Cadman destacou que as cidades têm a mobilidade e inovação necessária para prover a mudança e aportar as soluções e que elas são as catalizadoras de oportunidades. Disse também que o tema assume aspecto transversal com demais temáticas ambientais e apontou o papel que Manaus vem exercendo na advocacia da ação local na abordagem dos mais contemporâneos itens da agenda ambiental global como mudanças climáticas e com presença e colaboração oportuna também no debate da biodiversidade.

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