sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Jefferson Praia defende compensações para empresas do Pólo Industrial de Manaus que impediram desmatamento

O senador Jefferson Praia (PDT-AM), em discurso nesta quinta-feira (4), defendeu a implantação de mecanismos compensatórios para a desaceleração do desmatamento na Amazônia obtida com a instalação do Pólo Industrial de Manaus.

Ele mencionou estudo dos pesquisadores Alexandre Rivas, José Alberto da Costa Machado e José A. Mota que sugerem, por exemplo, a cobrança de taxa, a ser manejada pela Organização das Nações Unidas, com base no nível de emissão de CO2 dos países membros da ONU.  Segundo o estudo mencionado pelo senador, países com alto grau de emissão de carbono pagariam mais do que países com menor grau.

Os recursos obtidos com essa taxa, ainda de acordo com o estudo, seriam destinados aos agentes econômicos, firmas e famílias envolvidas direta e indiretamente na construção e na manutenção do Pólo Industrial de Manaus, que permitiu a diminuição do desmatamento.

Outra proposta do estudo mencionado pelo senador Jefferson Praia diz respeito ao comércio de créditos de carbono, já que as empresas do pólo industrial de Manaus estão aptas a participar desse mercado, com ações a ser vendidas a partir do volume de carbono evitado, por conta da sua atuação no pólo.

A área do desmatamento evitado pelo pólo foi estimada nesse estudo.  Segundo os valores utilizados, um hectare da Floresta Amazônica possui estocado, em média, 120 toneladas de carbono.  Se no mercado internacional de carbono uma ação negociável vale uma tonelada de carbono, então o pólo industrial de Manaus teria 120 ações negociáveis de carbono por hectare de desmatamento evitado.

Assim, as empresas do pólo, com a assessoria de instituições como a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e outras, poderiam negociar, direta ou indiretamente, via bolsa de valores, créditos de carbono nas bolsas internacionais, e os créditos obtidos poderiam compor as receitas da empresa ou ser utilizados em atividades de responsabilidade social e ambiental.

- Isso serviria como um forte estímulo econômico para fazer com que essas empresas fortalecessem e ampliassem seu papel de redutor do desmatamento, por meio de vários mecanismos disponíveis, bem como indiretamente pelo fortalecimento do Pólo Industrial de Manaus - disse o senador.

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