quarta-feira, 13 de agosto de 2008

OESP - Minc anuncia queda 'significativa' do desmatamento em julho

REUTERS

Ministro falou durante evento na Fiesp para a assinatura de um acordo contra o comércio de madeira ilegal

SÃO PAULO - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se antecipou nesta quarta-feira aos dados sobre desmatamento na Amazônia em julho e disse que os números, com divulgação prevista para o fim do mês, mostrarão redução "bastante significativa" da destruição da floresta no mês passado.

Em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro creditou a redução a acordos setoriais fechados recentemente pela pasta.

"Os números sobre o desmatamento da Amazônia em julho serão divulgados na semana que vem pelo Inpe, mas nós tivemos acesso a eles e houve uma redução muito significativa que eu credito não só ao aumento da fiscalização, mas aos acordos setoriais com a cadeia produtiva", explicou o ministro sem dar mais detalhes.

"Trata-se de uma conseqüência do aumento da fiscalização combinada com alternativas produtivas, como a portaria que eu e o ministro da Agricultura estaremos assinando nos próximos dias de preços mínimos para dez produtos do extrativismo", colocou Minc, acrescentando que em alguns casos, os acordos têm mostrado uma eficácia maior que a fiscalização.

A assessoria de imprensa do Inpe informou que não comenta os números antes de sua divulgação e confirmou a divulgação dos dados sobre o desmatamento da Amazônia em julho para o dia 29 deste mês.

O evento na Fiesp serviu como vitrine para a assinatura de um acordo das indústrias com o governo envolvendo o comércio de madeira ilegal, que "não cria compromisso com o crescimento e aproveitamento sustentável do meio ambiente brasileiro".

"A única forma de combater a madeira ilegal é aumentar a oferta da madeira legal, da madeira certificada, não há outra forma. Então nós nos comprometemos a cobrar a oferta de madeira legal, aumentando a área de manejo e cobrando que as empresas comprem somente dessa madeira", explicou o ministro.

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