Uma iniciativa internacional para estudar a economia dos ecossistemas e da biodiversidade (The Economics of Ecosystems and Biodiversity - TEEB) publicou na última semana novos estudos sobre políticas para ecossistemas como florestas e recifes de corais. O relatório apresenta prioridades para o acordo do clima que deve ser firmado em dezembro em Copenhague.
O estudo levanta três ações prioritárias para o acordo em Copenhague: metas de redução de carbono mais ambiciosas, um acordo sobre Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação (REDD) e mais investimentos em infraestrutura ecológica.
Segundo o relatório, um mecanismo de REDD é uma das melhores alternativas para a mitigação dos efeitos do aquecimento global, e pode servir como precedente para a negociação de um sistema de pagamento por serviços ambientais das florestas.
"Florestas tropicais armazenam cerca de 25% do carbono em áreas naturais terrestres. Por essa razão, nós defendemos as propostas de remunerar nações em desenvolvimento para conservação e manejo sustentável das florestas", diz o estudo, em livre tradução.
O relatório sustenta que é crucial uma redução nas emissões de gases de efeito estufa, impedindo que a concentração de CO2 na atmosfera fique acima de 320 partes por milhão (ppm), para evitar as perdas nos recifes de corais. "Redução gradual nas emissões podem nos salvar de mudanças climáticas perigosas, mas não vai parar a perda dos recifes de corais. Nós precisamos de permanente redução do CO2 da atmosfera para que eles sobrevivam", diz.
A outra área prioritária é a infraestrutura ecológica (projetos para restaurar florestas ou bacias, por exemplo). "TEEB recomenda investimento significante no encorajamento do desenvolvimento de infraestrutura ecológica, como uma contribuição para mitigação e adaptação das mudanças climáticas".
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