A prefeitura de Paragominas denunciou ao Ministério Público do município o desmatamento realizado na região com o objetivo de produzir carvão para aproveitamento por indústrias siderúrgicas. A denúncia foi feita na última quinta-feira pelo prefeito da cidade, Adnan Demachki, em conjunto com o presidente da Câmara Municipal e líderes de sindicatos do setor florestal, rural e do comércio.
Demachki enviou uma carta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) em que comunica sua iniciativa de fazer a denúncia e pede a tomada de providências com relação à fiscalização do desmatamento da floresta amazônica no município.
"Sabemos que é difícil o Ibama [Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis] fiscalizar milhares de pequenas propriedades que desmatam a floresta para produzir carvão para as guseiras, sendo que estas financiam aquelas. Contudo, não deve ser difícil para o Ibama fiscalizar menos de duas dezenas de guseiras, que são o final da cadeia da produção de carvão vegetal", diz trecho da carta.
Segundo o monitoramento da devastação realizado pela prefeitura de Paragominas em parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em julho, houve seis focos de desmatamento no município, totalizando 107 hectares, que foram confirmados após o envio de técnicos a campo.
"Novamente, todos os focos de desmatamento foram para produção de carvão vegetal, pois ao lado dos desmates, existem baterias de fornos rústicos de carvão, e ao fiscalizarem um polígono de desmatamento, nossos técnicos encontraram um caminhão de carvão sem guia florestal e sem nota fiscal", denuncia a carta do prefeito ao MMA.
Segundo Demachki, o motorista do caminhão confessou diante de câmeras de TV que havia carregado o carvão na área desmatada e a carga seria levada à Siderúrgica Sinobrás, de Marabá.
"Desde que passamos a monitorar o desmatamento, estamos reduzindo-o bastante, mas os poucos focos que continuam a existir são para a atividade de carvão vegetal, financiados e estimulados pelas guseiras do vale do Carajás", diz a carta.
O prefeito pede ao MMA a fiscalização da Sinobrás e de outras guseiras que "financiam e estimulam o desmatamento na região".
Um comentário:
aqui em ipixuna do pará o desmatamento esta sem controle tem uma galera de fora derrubando tudo o que e pau. a mata pede socorro nós ajudem mendem o ibama
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